Portugal importou quase 153 milhões de euros de mercadorias oriundas da Rússia durante o mês de março, já depois da invasão da Ucrânia, destacando-se as importações de fuelóleo, que valeram 103 milhões de euros no mês que se seguiu ao início da guerra, ou 67% do total das importações.

A informação é avançada esta quarta-feira pelo jornal Inevitável, citando dados do Instituto Nacional de Estatística.

De acordo com aquele jornal, apesar da guerra na Ucrânia e dos esforços concertados dos países ocidentais com vista ao embargo das importações de combustíveis fósseis com origem na Rússia, o valor das importações de fuelóleo em março deste ano foi, na verdade, o mais elevado pelo menos desde 2000.

O fuelóleo é um produto derivado da destilação do petróleo que é usado essencialmente para aplicações industriais.

Em Portugal, o fuelóleo é principalmente consumido pela Galp, que, como salientou o Ministério do Ambiente ao Inevitável, “já anunciou publicamente que irá suspender quaisquer novas aquisições de produtos petrolíferos provenientes, quer da Rússia, quer de empresas russas”.

O jornal explica ainda que só nos primeiros três meses do ano Portugal já importou cerca de 315,4 milhões de euros em combustíveis e produtos derivados da Rússia, praticamente o triplo do ano passado.

Olhando a todas as importações oriundas da Rússia, o jornal conclui também que a guerra não motivou qualquer abrandamento das trocas comerciais com o país. No primeiro trimestre de 2022, Portugal fez importações russas num valor de 415,6 milhões de euros, o valor mais elevado desde 2012 quando se analisam as trocas comerciais relativas ao primeiro trimestre.

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