A Polícia Judiciária deteve, na terça-feira, um jovem de 17 anos acusado de discriminação e incitamento ao ódio racial. O suspeito partilhava propaganda neonazi “em diversas plataforma digitais” e assumia-se como “defensor da supremacia branca” e de movimentos internacionais, “como o National Partisan Movement, através da propaganda que difunde”.

Em comunicado, a PJ revela que o jovem invadiu um debate online organizado pela “Associação de Estudantes da Escola Secundária de Camões, no dia 18 de fevereiro de 2021, denominado ‘A Influência da escravatura e o racismo institucional'”.

O jovem de 17 anos partilhou depois o link da iniciativa nas redes sociais e em outros canais com o intuito de, em conjunto com mais utilizadores, perturbarem o debate que se “estava a realizar através da plataforma Zoom com participantes maioritariamente de raça negra”.

Após a partilha do link, foram diversos os indivíduos que entraram na reunião online, publicando “fotos e gifs com conteúdos racistas e nazis, incluindo cruzes suásticas, ao mesmo tempo que imitavam sons de macacos e proferiam expressões como ‘Nigger‘, ‘Nigger go home’, ‘Go back to Africa'”, indica a PJ. A palavra nigger é um insulto racista e é usada de forma ofensiva e pejorativa por supremacistas brancos.

“O suspeito, presumível autor destes crimes, será presente às autoridades judiciárias competentes, tendo em vista a aplicação das medidas de coação”, lê-se no comunicado.

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