Quando Fernando Pimenta coloca uma coisa na cabeça, é complicado desistir. É complicado ou é mesmo impossível desistir. E o exemplo paradigmático disso mesmo foi a medalha conseguida em Tóquio no verão, vingando nos Jogos de 2020 a desilusão sentida em 2016 na final de K1 1.000 (e em relação a essa parte olímpica, a cabeça ainda está focada num ouro em Paris-2014). No último fim de semana, na Taça do Mundo de Racice, o canoísta de Ponte de Lima falhou apenas a vitória na final de K1 5.000. Não esqueceu. E a resposta chegou este domingo, com o triunfo categórico na prova por mais de sete segundos.

Mais uma final, mais uma medalha: Fernando Pimenta fecha Taça do Mundo de Racice com prata no K1 5.000

Assim, Fernando Pimenta, o grande ás da Seleção na Polónia capaz de jogar em todos os “naipes”, fechou da melhor forma a presença na Taça do Mundo de Poznan, ganhando quatro medalhas de ouro noutras tantas finais disputadas entre sábado e domingo: vitória em K1 1.000, vitória em K1 500, vitória em K2 500 mistos com Teresa Portela e, agora, vitória em K1 5.000. Melhor era mesmo impossível. O português terminou a única corrida decisiva do dia com o tempo de 21.29,54, com mais de sete segundos e avanço em relação ao esloveno Jost Zakrajsek (21.36,75) e do polaco Rafael Rosalski (21.51,45).

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Além dos triunfos de Fernando Pimenta, Portugal somou mais três medalhas, uma delas também de ouro: João Ribeiro e Messias Baptista, que na semana passada tinham ficado com o bronze, conseguiram agora o primeiro lugar na final A de K2 500 metros (1.29,72), vencendo os alemães Félix Frank e Moritz Florstedt (1.29,81) e os australianos Jean van der Westhuyzen e Thomas Green (1.30,43).

Já Francisca Laia ganhou a medalha de prata em K1 200 metros (41,14), perdendo com a eslovena Anje Osterman (41,03) mas ficando à frente da polaca Marta Walczykiewicz (41,38). Kevin Santos ficou com o bronze em K1 200 (35,66), atrás do sueco Peter Menning (35,25) e do lituano Arturas Seja (35,33).