O grupo parlamentar do PSD/Madeira acusou esta terça-feira a República de promover a discórdia entre as duas regiões autónomas portuguesas, considerando que, sem os dois arquipélagos, Portugal teria uma dimensão “minúscula” e “desprezível”.

“O Estado, ao longo destes anos, tem promovido a discórdia entre a Madeira e os Açores com o propósito de enfraquecer as ambições das autonomias“, afirmou o deputado da maioria social-democrata Carlos Rodrigues numa intervenção no plenário da Assembleia Legislativa madeirense.

Num balanço às jornadas parlamentares do PSD Madeira/Açores, que decorreram no arquipélago açoriano, o deputado disse que “o processo de reaproximação entre as regiões autónomas foi objetivo alcançado”.

“A autonomia regional não pode ser considerada pelo Estado como anomalia tolerada, mas como um dos mais importantes avanços da democracia”, enfatizou, opinando que “o desrespeito e abusos de poder são inaceitáveis”.

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Carlos Rodrigues considerou que, “sem a Madeira e Açores, Portugal seria minúsculo, irrelevante e desprezível em termos geoestratégico“.

O líder parlamentar da maioria do PSD, Jaime Filipe Ramos, complementou ser este “o momento para governos (da Madeira e Açores) encetarem o processo negocial com a República” para a revisão da Lei de Finanças Regionais.

Pelo CDS, partido que integra a coligação do Governo da Madeira, o deputado Lopes da Fonseca vincou que a aprovação desta proposta de revisão “não exige unanimidade”.

“Não podemos ficar reféns de um só partido que não representa maioria no parlamento açoriano”, vincou.

No plenário foi também eleita a deputada do PSD Rubina Leal Vargas como representante da Assembleia Legislativa da Madeira na Comissão de Acompanhamento e Monitorização, o núcleo estratégico e a comissão científica, no âmbito da Estratégia Regional de Inclusão Social e Combate à Pobreza (ERISCP), que reuniu 23 votos dos 41 votantes.