São sete: Turquia, Arábia Saudita, Roménia, Líbia, China, Argélia e Grécia. Em comunicado, a FIFPro desaconselhou os jogadores de futebol a assinarem com clubes destes países, com o pormenor de a preocupação com a situação grega só se aplicar ao segundo escalão do país. O motivo? As “violações contratuais sistemáticas e generalizadas”.

Na nota, a Federação Internacional das Associações de Futebolistas Profissionais detalha as realidades detetadas em cada um destes países e o porquê de ser arriscado, para um jogador, assinar contrato com clubes turcos, árabes, romenos, líbios, chineses, argelinos ou gregos. “Na Roménia e na Turquia, as violações contratuais por parte de vários clubes, incluindo o não pagamento de salários, continua a ser um problema longo e recorrente. O elevado número de clubes romenos que entram em processos de insolvência continua a trazer consequências severas para os jogadores, empurrando-os para processos intermináveis com poucas ou nenhumas chances de obter compensações”, pode ler-se no comunicado, que também aborda o contexto da segunda liga da Grécia.

“Na segunda liga da Grécia, os clubes frequentemente fecham as portas sem honrar as próprias dívidas. Nos últimos dois anos, a Grécia foi o país com o maior número de jogadores que procuraram obter alguns dos salários em atraso através do Fundo de Proteção de Jogadores da FIFA”, acrescenta a FIFPro, dedicando-se depois aos restantes países. “O não pagamento de salários também é um problema recorrente na Algéria, na China e na Arábia Saudita. No que toca à Líbia, a FIFPro está muito preocupada com o crescente número de jogadores estrangeiros que estão presos no país porque os respetivos clubes recusam-se a providenciar a documentação necessária para que possam sair”, termina a nota, que aconselha ainda cada atleta que tenha “preocupações ou questões” a contactar a FIFPro ou o respetivo sindicato nacional.

Atualmente, Portugal tem 20 jogadores a atuar nestes sete países: 11 na Turquia (Miguel Crespo, Gedson Fernandes, Bruma, Kévin Rodrigues, Carlos Mané, Miguel Cardoso, Pedrinho, Daniel Candeias, Marafona, Bruno Paz e Diogo Sousa), um na Arábia Saudita (Éder), seis na Roménia (Ricardinho, André Duarte, Marian Huja, Hugo Sousa, Fábio Vianna e Jucie Lupeta), e três na segunda liga da Grécia (Ricardo Vaz, Braima Candé e Tiago Nani).

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