Os Estados Unidos da América vão disponibilizar 116 milhões de dólares (114 milhões de euros) adicionais, este ano, para apoiar os deslocados devido à violência armada em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, anunciou esta quarta-feira fonte oficial.

Com o novo montante, sobe para 167 milhões de dólares (164 milhões de euros) a assistência dos EUA a Moçambique este ano, disse Urza Zeya, subsecretária dos EUA para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos, durante uma conferência de imprensa, após um encontro com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

Com este apoio os EUA vão ajudar cerca de 800 mil deslocados internos”, destacou Urza Zeya, referindo que o montante vai servir para a “assistência alimentar e nutricional e para satisfação das necessidades de saúde, água e agricultura” dos deslocados.

A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio.

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