O novo diretor da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ), Pedro Machado, assumiu esta quinta-feira, na sua tomada de posse, que irá focar-se em concluir as investigações em menos tempo.

“Vamos procurar em todas as áreas da competência da Polícia Judiciária dar uma resposta, tanto quanto possível, mais célere. E esse será o ponto onde procurarei, sobretudo, focar-me, ou seja, em menos tempo, concluir as investigações, sobretudo naquelas áreas tradicionalmente mais complexas, nomeadamente corrupção e criminalidade económico-financeira”, disse.

Para isso, Pedro Machado espera ver os meios humanos reforçados num “futuro próximo”, lembrando que a Diretoria do Norte da PJ engloba as unidades do Porto, Braga e Vila Real.

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O novo diretor acredita que o reforço de meios será progressivo e proporcional à dimensão e volume de processos da Diretoria do Norte.

Quanto a desafios, Pedro Machado apontou o combate à criminalidade económico-financeira e informática, lembrando que a “complexidade e sofisticação” deste tipo de crimes obriga esta força policial a “aperfeiçoar e atualizar” domínios técnicos, jurídicos e metodologias de investigação, assim como novas tecnologias de recolha de provas.

Já sobre criminalidade violenta e grave, apesar de merecer preocupação e atenção, o novo diretor da PJ recordou que atualmente esta é “praticamente residual” na região Norte.

“Não temos a quantidade de investigações, participações, nem sequer grupos organizados que existiam no passado”, frisou.

Pedro Machado recordou que, entre 2006 e 2012, foram desmantelados na região inúmeros grupos criminosos “muito violentos”, algo que não acontece hoje.

O que existe, sublinhou, é “ocasionalmente uma ou outra ocorrência violenta“.

Pedro Machado, de 57 anos, natural do Porto, era, desde março de 2008, subdiretor desta Diretoria, depois de ter dirigido o Departamento de Investigação Criminal de Braga.

Além de Pedro Machado tomou também hoje posse Helena Monteiro como subdiretora da Diretoria do Norte.

No final da tomada de posse, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirmou aos jornalistas estarem reunidas as condições para esta força policial “voltar a ser feliz“, referindo-se à integração de mais inspetores, aquisição de novos equipamentos e melhoria das instalações.

“Estamos num momento diferente”, sublinhou.

Luís Neves assumiu estar “positivamente expectante” porque acredita que as coisas vão acontecer e melhorar, frisando que a PJ não pode continuar a ter um parque automóvel com 20 anos ou instalações degradadas.