Eram vários os key points apontados por jornais de todo o mundo para um sorteio da Liga dos Campeões que este ano parecia reunir ainda mais atenções do que é normal. Os espanhóis estavam sobretudo focados nos “cocos” que poderiam sair, os ingleses pensavam mais além e tentavam perceber como é que todos os jogos vão caber no calendário, os portugueses queriam sobretudo ver as possibilidades de passagem aos oitavos pelo prestígio, pelos pontos somados para o ranking da UEFA (V. Guimarães já foi afastado da Liga Conferência e só um milagre permitirá que o Gil Vicente chegue à fase de grupos) e pela inevitável parte financeira. Ponto comum: a curiosidade de ver quem jogava com quem numa época marcada pelas várias trocas de avançados nas principais equipas, como recordava a BBC. Quase todos menos Benzema.

Dois no pote 1, dois no pote 3, quase todos no pote 4: as melhores opções (teóricas) para as equipas portuguesas no sorteio da Champions

Haaland reforçou o Manchester City, Robert Lewandowski rumou ao Barcelona, Sadio Mané foi comprado pelo Bayern, Darwin Núñez foi aposta do Liverpool, Haller passou para o B. Dortmund (antes de descobrir o tumor maligno que o vai afastar dos relvados alguns meses), Richarlison seguiu para o Tottenham, Timo Werner voltou ao RB Leipzig, Bergwijn saltou para o Ajax. Ainda há o inevitável Cristiano Ronaldo, o nome grande ausente do sorteio e que anseia mudar para uma equipa que esteja na fase de grupos, mas o foco das atenções estava no Real Madrid, que voltou a ter um mercado mais discreto entre as entradas de Rüdiger e Tchouameni e as saídas de Casemiro, Isco, Gareth Bale e Marcelo. A base do ano passado manteve-se e era apontada como favorita aos prémios que seriam também atribuídos nesta gala.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assim, Benzema surgia na frente das apostas para Melhor Jogador do Ano da UEFA, estando na corrida com o companheiro Thibaut Courtois e com Kevin de Bruyne. Já Carlo Ancelotti concorria com Jürgen Klopp e Pep Guardiola ao galardão de Melhor Treinador do Ano da UEFA. Antes, Aleksander Ceferin deu o troféu “Presidente da UEFA” a Arrigo Sacchi, técnico que foi bicampeão italiano, europeu e mundial pelo AC Milan com uma equipa ainda hoje considerada como uma das cinco melhores de sempre (não tendo nenhum projeto há duas décadas), antes de chegarem ao palco Hamit Altintop, embaixador da final em Istambul que passou por Bayern e Real Madrid, e Yaya Touré, ex-Manchester City e Barcelona.

Entre as distinções, foi havendo sorteio. E logo com os dois primeiros potes a serem conhecidos por grupos, naqueles que na teoria seriam os jogos mais fortes da competição nesta fase inicial e com o FC Porto a reencontrar o Atl. Madrid como acontecera na última época (tal como aconteceu com Bayern e Barcelona). Os dragões iriam depois encontrar os alemães do Bayer Leverkusen e os belgas do Club Brugge, antes de sortes diferentes para as outras equipas nacionais: o Benfica teve um brinde do pote 4 (Maccabi Haifa) depois dos tubarões PSG e Juventus, ao passo que o Sporting fugiu aos maiores nomes mas ficou teoricamente no grupo mais competitivo de todos com Eintracht Frankfurt, Tottenham e Marselha.

  • Grupo A: Ajax (Países Baixos), Liverpool (Inglaterra), Nápoles (Itália) e Rangers (Escócia)
  • Grupo B: FC Porto (Portugal), Atl. Madrid (Liverpool), Bayer Leverkusen (Alemanha) e Club Brugge (Bélgica)

  • Grupo C: Bayern (Alemanha), Barcelona (Espanha), Inter (Itália) e Viktoria Plzen (Rep. Checa)
  • Grupo D: Eintracht Frankfurt (Alemanha), Tottenham (Inglaterra), Sporting (Portugal) e Marselha (França)

  • Grupo E: AC Milan (Itália), Chelsea (Inglaterra), RB Salzburgo (Áustria) e Dínamo Zagreb (Croácia)
  • Grupo F: Real Madrid (Espanha), RB Leipzig (Alemanha), Shakhtar (Ucrânia) e Celtic (Escócia)
  • Grupo G: Manchester City (Inglaterra), Sevilha (Espanha), B. Dortmund (Alemanha) e Copenhaga (Escócia)
  • Grupo H: PSG (França), Juventus (Itália), Benfica (Portugal) e Maccabi Haifa (Israel)