O Departamento de Justiça dos EUA convocou 40 antigos quadros ligados ao ex-Presidente norte-americano Donald Trump para testemunharem no âmbito de alegadas ligações à tentativa de anular o resultado das eleições presidenciais de 2020.

De acordo com o jornal The New York Times de segunda-feira, que cita fontes próximas da investigação, nos últimos dias o Governo dos Estados Unidos, liderado pelo democrata Joe Biden, também confiscou os telefones de dois dos principais assessores de Trump.

Entre os convocados para testemunhar estão o antigo comissário da polícia de Nova Iorque, Bernard Kerik e o ex-responsável pelas redes sociais de Trump Dan Scavino.

O Departamento de Justiça também convocou o ex-gestor da campanha de Trump Bill Stepien e o chefe das finanças de campanha Sean Dollman.

Quanto aos dois telefones confiscados, segundo o diário norte-americano, pertencem ao ex-advogado de Trump Boris Epshteyn e ao estratega de campanha Mike Roman.

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A principal informação que o Departamento de Justiça procura com esta investigação está relacionada com a alegada tentativa da comitiva de Trump de legitimar representantes que não tinham sido eleitos nas eleições nos estados da Geórgia, da Pensilvânia e do Arizona para depois apoiarem o então Presidente, que procurava a reeleição.

O ex-Presidente é alvo de vários processos. Os advogados de Donald Trump pediram na segunda-feira à juíza Aileen Cannon para rejeitar o pedido das autoridades de continuarem a analisar os documentos (classificados de ultrassecretos ou de natureza confidencial) apreendidos pelo FBI durante buscas à mansão do ex-Presidente norte-americano em Mar-a-Lago, na Florida.

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O ex-Presidente enfrenta também uma possível acusação pelo alegado envolvimento no assalto ao Capitólio em janeiro de 2021, que causou cinco mortos.