O investimento captado através dos “vistos gold” subiu 6% em agosto, em termos homólogos, e recuou 14,5% em cadeia, para 37,5 milhões de euros, segundo contas feitas pela Lusa com base em dados do SEF.

Em agosto, o investimento captado com os vistos “dourados” atingiu os 37,5 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 6% face a igual mês de 2021 (35,3 milhões de euros), mas recuou 14,5% face a julho.

Entre janeiro e agosto, o investimento angariado através do programa de Autorização de Residência para o Investimento (ARI) somou 397,7 milhões de euros, mais 34,7% do que em igual período do ano passado, quando totalizou 295,1 milhões de euros.

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Em julho, o investimento captado pelos vistos “gold” ascendeu a 43,9 milhões de euros, uma subida homóloga de 98,6% e um recuo de 43,6% face aos 77,9 milhões de euros registados em junho, tendo sido concedidos 80 ARI, um dos quais mediante o critério de criação de postos de trabalho.

Em agosto, foram atribuídos 77 ARI, dos quais 64 por aquisição de bens imóveis (31 por reabilitação urbana) e 13 por transferência de capitais.

Nos primeiros oito meses deste ano foram atribuídos 806 vistos “gold” (94 em janeiro, 94 em fevereiro, 73 em março, 121 em abril, 112 em maio, 155 em junho, 80 em julho e 77 em agosto).

No mês passado, o investimento em compra de bens imóveis ascendeu a 32,9 milhões de euros, dos quais 10,7 milhões de euros em reabilitação urbana, enquanto na transferência de capital o valor foi de 4,5 milhões de euros.

Em agosto foram atribuídos 19 vistos “dourados” à China, 10 ao Brasil, outros 10 aos Estados Unidos, cinco ao Paquistão e quatro a Marrocos.

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Neste período, foram concedidas 125 autorizações de residência a familiares reagrupados, enquanto em julho foram 112, o que no total do ano soma 972.

Em julho tinham sido atribuídos 11 vistos “gold” aos Estados Unidos, 10 à China, nove ao Brasil, sete à África do Sul e cinco à Turquia.

Desde que o programa de concessão de ARI foi lançado, em outubro de 2012, foram captados por via deste instrumento 6.497.529.571,45 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que totalizava em agosto 5.830.483.944,06 euros, sendo que a aquisição para reabilitação urbana somava a 478.605.620,84 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 667.045.627,39 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 11.060 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020, 865 em 2021 e 806 em 2022.

Em quase 10 anos de programa (outubro de 2012) foram atribuídos 10.222 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 1.338 tendo em vista a reabilitação urbana.

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Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos foram 816 e por criação de postos de trabalho 22.

Desde o início do programa foram atribuídas 18.193 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 972 em 2022.

Em 17 de junho último, o parlamento chumbou as propostas do PCP, BE e PAN para acabar com os vistos “gold”, assim como a do Chega para alargamento do regime, com o PS a defender que é tempo de avaliação da última alteração.