Jovens ativistas realizaram esta sexta-feira uma “greve climática global” coordenada para chamar a atenção para os seus receios relativamente aos efeitos do aquecimento global e exigirem mais apoio para os países pobres atingidos pelo mau tempo.

Em cidades como Jacarta, Tóquio, Berlim e Lisboa, os manifestantes saíram à rua com cartazes e faixas exibindo palavras de ordem como “Estamos preocupados com a crise climática” e “Não é demasiado tarde”.

As manifestações foram organizadas pelo movimento de jovens “Fridays for Future”, criado por iniciativa da ativista Greta Thunberg, que começou por protestar sozinha à porta do parlamento sueco, em 2018.

“Estamos em greve em todo o mundo porque os governos no poder continuam a fazer muito pouco pela justiça climática”, disse Darya Sotoodeh, uma das porta-vozes do grupo na Alemanha.

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“Pessoas em todo o mundo estão a sofrer com esta crise e vai piorar se não agirmos a tempo”, afirmou.

Milhares de pessoas concentraram-se em Berlim para apelar ao Governo alemão que estabeleça um fundo de 100 biliões de euros para combater as alterações climáticas.

No âmbito desta iniciativa, que acaba por reunir outros cidadãos, os jovens faltam às aulas à sexta-feira para se manifestarem.

Manifestação junta dezenas em Lisboa contra “colapso civilizacional”

“O clima a aquecer e os políticos a ver”, ou “Não há planeta B” foram algumas frases gritadas esta sexta-feira em Lisboa por dezenas de jovens manifestantes contra as alterações climáticas, alertando que o mundo está perante um possível “colapso civilizacional”.

O prenuncio é feito através das palavras de Teresa Núncio, porta-voz da manifestação estudantil, uma iniciativa de greve às aulas em prol do clima e pelo fim do uso de combustíveis fósseis e que vem na sequência do apelo internacional do movimento ‘Fridays For Future’, sextas-feiras pelo futuro, na tradução para português.

O que estamos a enfrentar é a possibilidade de um colapso civilizacional se não fizermos nada e não mudarmos drasticamente”, disse a jovem, enquanto os jovens estudantes se iam organizando no jardim em frente ao Liceu Camões, em Lisboa, ponto de encontro para a manifestação, que depois seguiu até ao Ministério da Economia.

Atualizada às 14h13