O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) contratou 75 novos enfermeiros para reforçar as equipas em áreas essenciais da prestação de cuidados oncológicos como o bloco operatório e os cuidados intensivos, revelou fonte da instituição.

Segundo o instituto, estas 75 contratações representam um saldo positivo de 34 enfermeiros relativamente ao início do ano, tendo em conta as saídas que entretanto ocorreram, por diversos motivos.

Em declarações à agência Lusa, Sérgio Gomes, enfermeiro-diretor do IPO Lisboa, sublinhou que o investimento em recursos humanos é uma “prioridade absoluta” do Conselho de Administração, adiantando que o instituto precisa ainda de mais 75 enfermeiros.

Nós precisaremos seguramente de ter um conjunto de provavelmente um número semelhante aos 75 que entraram e, portanto, o reforço que prevejo, na totalidade, andará na casa dos 150, considerando aquilo que são as necessidades, tendo em conta os que saíram durante o ano (…) por razões diversas”, explicou.

Segundo o responsável, 150 enfermeiros seria um número que ajudaria já a estabilizar as equipas.

“Há sempre quem sai, por razões diversas, seja por aposentação, ou por deslocação para a sua área inicial de residência, ou porque não se adaptam à sua vida numa instituição como a nossa, tendo em conta que temos uma direção que é doença oncológica especializada”, adiantou, acrescentando que o privado também tem conseguido aliciar alguns destes profissionais.

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Diz que dificilmente o Estado consegue compensar do ponto de vista dos salários face o que o setor privado oferece, mas que se tenta “compensar de outras formas”, oferecendo formação com tempo dedicado e tentar com que os enfermeiros especialistas “realizem trabalho naquilo que é a sua especialidade”.

“Isso é muito importante porque acrescentamos valor tendo em conta a complexidade dos cuidados”, sublinhou.

Os enfermeiros agora contratados ajudarão a reforçar as equipas em áreas como o bloco operatório, os cuidados intensivos e outras ainda deficitárias, numa distribuição uniforme por diversos serviços do instituto.

Em todo o ano passado saíram do IPO de Lisboa 272 profissionais — entre os quais 69 assistentes profissionais, 47 assistentes técnicos, 19 médicos, 25 médicos internos e 73 enfermeiros. Entrou um total de 251.