“Deitar abaixo muros intelectuais e preconceitos é uma das tarefas mais nobres que a um artista podem ser dadas cumprir.” As palavras são de Martim Sousa Tavares e, a partir desta terça-feira, pode lê-las na newsletter “A Música na Minha Cabeça”, que o autor passará a assinar às terças-feiras.

Fundador da Orquestra Sem Fronteiras, sediada em Idanha-a-Nova, e da Orchestra di Maggio, em Itália, que dirigiu entre 2014 e 2016, o maestro e divulgador musical de 31 anos passa boa parte do tempo a procurar formas “fora da norma comum” de fazer chegar a música clássica a toda a gente. O tema pode não interessar a todos, reconhece, mas ele esforça-se muito para que todos o entendam.

E é precisamente isso que pretende fazer também com a nova newsletter do Observador. “Acima de tudo quero que as pessoas se relacionem com esta música e não achem que é um assunto limitado para uns quantos. Gostaria muito de levar os leitores a experimentar a música a que chamamos clássica e mostrar que ela não corresponde a um estereótipo a que tanta gente a associa.”

De uma outra forma, é também isso que Martim Sousa Tavares já faz às segundas-feiras no programa “Encontro com a Beleza”, da Rádio Observador: relaciona a música clássica com o nosso dia a dia, tentando tirar-lhe a capa elitista com que ainda é vista. “Este lado quase museológico, no sentido negativo do termo.”

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A primeira edição da newsletter é dedicada ao músico francês Sofiane Pamart, um outsider com formação clássica, ar de rapper e quase duzentos mil seguidores no Instagram que, apesar dos anos passados no Conservatório de Música de Lille, se interessa por rap, dubstep ou música latina e que, em vez de interpretar Chopin ou Beethoven, prefere compor as suas próprias músicas – e esgotar salas atrás de salas, tornando-se um verdadeiro fenómeno que os críticos não conseguem entender bem.

Nas próximas edições, Martim Sousa Tavares vai escrever sobre a razão de ler os clássicos (a partir de Italo Calvino), sobre a música clássica como entretenimento ou sobre o que faz com que alguns compositores sejam mais bem sucedidos do que outros, entre muitos assuntos que já tem na cabeça – sem prejuízo, claro, da atenção à atualidade.

Além disso, todas as semanas o maestro formado entre Lisboa, Milão e Chicago dará também sugestões de livros, concertos, filmes, documentários “e tudo o mais que possa servir para uma fruição direta da arte”.

“A Música na Minha Cabeça” é a quinta newsletter de autor do Observador, depois do lançamento, nos últimos meses, de “Coisas de Família”, de Sónia Morais Santos, “Posso Comer?”, de Mariana Chaves, “Perceber a História”, de Rui Ramos, e do regresso do “Macroscópio”, de José Manuel Fernandes. À semelhança das restantes, esta newsletter é um conteúdo exclusivo para assinantes. As três primeiras edições estarão acessíveis a todos os leitores, mas para as restantes será necessário ter uma assinatura ativa do Observador.

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