“Ronaldo não fará parte da equipa do Manchester United para o jogo de sábado frente ao Chelsea. O resto do plantel está focado em preparar esse jogo”. Foi com este breve comunicado, publicado no site do clube, que o Manchester United anunciou que o capitão da seleção portuguesa não vai participar no próximo jogo da Premier League.

A decisão surgiu depois de Ronaldo ter protagonizado mais um episódio polémico nesta segunda passagem conturbada pelos “red devils”. Esta quarta-feira, na partida frente ao Tottenham que o Manchester United venceu por 2-0, o internacional português decidiu sair diretamente para o túnel quando percebeu que não ia entrar, sem esperar pelo apito final. No final da partida, o treinador dos “red devils”, Eirk ten Hag, disse que naquele momento queria apenas festejar os três pontos e que pensaria na atitude de Ronaldo no “dia seguinte”. Menos de 24 horas depois, a decisão terá chegado com o afastamento de Cristiano Ronaldo.

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Mas, segundo a imprensa britânica, o afastamento da partida do próximo sábado não é a única sanção aplicada ao jogador português.  O The Athletic garante que CR7 foi colocado a treinar à parte e que foi o próprio futebolista que se recusou a entrar nos minutos finais contra os Spurs.

Horas mais tarde, o jogador português publicou um comunicado nas suas redes sociais, garantindo que “não mudou” e que “é o mesmo profissional” que tem sido nos últimos 20 anos. Ainda assim, e apesar de querer ser sempre um exemplo, assume que tal “nem sempre é possível no calor do momento”. Um texto sem falar de nenhuma polémica concreta e sem um pedido de desculpas referentes ao caso que terá levado ao seu afastamento da equipa.

“Como sempre fiz ao longo da minha carreira, procuro viver e jogar de forma respeitosa com meus colegas, com os meus adversários e com meus treinadores. Isso não mudou. Eu não mudei. Sou a mesma pessoa e o mesmo profissional que tenho sido nos últimos 20 anos a jogar futebol de alto nível, e o respeito sempre desempenhou um papel muito importante no meu processo de tomada de decisão”, pode ler-se na mensagem.

Cristiano diz ainda que começou a carreira muito jovem e que “os exemplos de jogadores mais velhos e experientes sempre foram muito importantes” para a sua postura. “Por isso, mais tarde, procurei sempre dar o exemplo aos jovens que cresceram em todas as equipas que representei. Infelizmente, isso nem sempre é possível e às vezes o calor do momento leva a melhor”, disse, prometendo regressar a curto prazo. “Neste momento, sinto que tenho que continuar a trabalhar duramente em Carrington, a apoiar os meus companheiros de equipa e estar pronto para tudo em qualquer jogo. Ceder à pressão não é uma opção. Nunca foi. Este é o Manchester United, e unidos devemos ficar. Em breve estaremos juntos”, rematou.

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A temporada de 2022/23 tem sido muito difícil para o jogador formado no Sporting. Cristiano Ronaldo falhou toda a pré-temporada do Manchester United, alegando motivos pessoais, mas a imprensa noticiou a sua vontade de sair do clube inglês – transferência que acabou por não se concretizar. Esta temporada, foi titular em apenas seis dos 12 jogos que disputou. Na Premier League, foi titular apenas em dois – tantos quantos os golos que tem marcados esta época.

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