Naomi Gleit é um das funcionárias mais antigas do Facebook, tornado Meta no ano passado. Há 17 anos na empresa, começou a trabalhar para Zuckerberg quando a empresa ainda se chamava Facebook.com. O primeiro trabalho incluía esforços para tentar trazer mais estudantes do liceu para a plataforma.

Hoje em dia, Gleit é líder de produto da Meta. Na Web Summit o tema foi, inevitavelmente, o metaverso, numa altura em que a empresa está no centro das atenções neste tema. Não só a companhia fez uma viragem para o metaverso como está a investir milhares de milhões de dólares nesse campo.

E, tal como Mark Zuckerberg fez em várias ocasiões e Nick Clegg, outro dos responsáveis da Meta, na edição da Web Summit de 2021, Gleit repetiu em 2022 que “a Meta não vai ser dona do metaverso”. “Acho que nenhuma empresa conseguirá. Tal como não aconteceu com a internet”, exemplificando que “também não há uma internet da Apple”.

365 dias de Meta. O nome pode não fazer diferença, mas a ambição do metaverso sai cada vez mais cara a Zuckerberg

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Num tom de voz calmo, tentou explicar o uso que dá aos dispositivos de realidade virtual da companhia. Tem usado os headsets para assistir a documentários da vida selvagem, especialmente os narrados pelo britânico David Attenborough. Aliás, uma parte da intervenção foi mesmo usada para dar exemplos da visualização de conteúdos em headsets de realidade virtual.

Conforme era esperado, não houve revelações sobre planos da Meta para o metaverso. Aliás, esse é o “departamento” de Mark Zuckerberg. Houve mais respostas mornas às questões quentes do metaverso, que até deixaram margem para a possibilidade de a empresa não acertar tudo. “Quando fazemos exercícios de prever onde vamos estar daqui a 10, 15 anos, vamos errar algumas coisas.”

E puxou da antiguidade na empresa para notar que “há 17 anos”, quando ingressou no Facebook, nem podia “imaginar o tipo de produtos” que a empresa tem hoje em dia. O principal motor de negócio está ligado à publicidade nas redes sociais — desde o Facebook ao Instagram e WhastApp –, mas há também uma área dedicada a projetos de realidade virtual, onde estão os dispositivos Quest (em tempos Oculus) e o metaverso.

“Há tanta energia e investimento nesta direção”, argumentou quando foi questionada sobre se o metaverso é mesmo a next big thing. “Algumas coisas vão funcionar, outras não, mas a direção geral aponta para algo mais imersivo.”