As contas da corrida sprint do Grande Prémio de Espanha só ficaram fechadas horas depois da bandeira de xadrez. Miguel Oliveira tinha sido nono, mas acabou por ficar em oitavo devido a várias penalizações por irregularidades na pressão dos pneus — algo que também afetou o pódio, já que Fabio Quartararo perdeu o terceiro lugar para Dani Pedrosa, wildcard da KTM em Jerez de la Frontera.

Queda na sexta, pontos no sábado: Miguel Oliveira é nono na corrida sprint do GP de Espanha

Este domingo, no Grande Prémio propriamente dito, Miguel Oliveira voltava a arrancar em 14.º, numa corrida onde a pole-position pertencia a Marc Márquez, mas tinha a noção clara de que não era impossível voltar a conquistar várias posições e terminar o fim de semana com pontos arrecadados nas duas provas. Ainda assim, este sábado, o piloto português estava preocupado com a prestação na corrida sprint.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A sprint foi muito dura hoje. Logo no arranque não consegui desconectar o meu mecanismo de ajuste da altura dianteira e, basicamente até à curva 6, não tinha nenhuma suspensão dianteira, por isso foi muito difícil acompanhar. Perdi muitas posições. Rapidamente entendi que as condições eram muito complicadas. Mas depois toda a gente começou a cair e isso deu-me a oportunidade de terminar nos pontos. Acho que poderia ter feito um pouco melhor se não tivesse sido o Marc [Márquez] ultrapassar-me e obrigar-me a sair largo por duas vezes na curva 9. Mas é assim. Perdi demasiado tempo e não é o ideal”, explicou Miguel Oliveira.

Em Jerez, Marc Márquez segurou a liderança no arranque e Miguel Oliveira começou muito bem, saltando desde logo para o oitavo lugar. Na segunda volta, porém, o piloto espanhol acabou por permitir as ultrapassagens de Pecco Bagnaia e Jorge Martín, com o bicampeão mundial a assumir o primeiro lugar mas a perdê-lo pouco depois para o atual líder do Mundial. Mais atrás, Oliveira continuava com um ritmo muito positivo e já era 7.º.

Dani Pedrosa caiu nessa fase ainda inicial da corrida, não conseguindo prolongar o brilharete da sprint, e Marco Bezzecchi conseguiu ultrapassar Marc Márquez e intrometer-se no pódio, com o quarteto da frente a distanciar-se progressivamente do resto do pelotão. Pecco Bagnaia foi pressionando Jorge Martín, com o espanhol a defender-se de forma impressionante e a permitir muito pouco ao italiano, mas um erro acabou por mudar tudo: Martín cedeu à proximidade, caiu e ofereceu a liderança a Bagnaia.

A cerca de 12 voltas do fim, Marc Márquez aproximou-se de Marco Bezzecchi e subiu ao segundo lugar, lançando-se para uma autêntica batalha pela vitória contra Pecco Bagnaia. As últimas cinco voltas foram de enorme entusiasmo, com espanhol e italiano a trocarem ultrapassagens, passagens por dentro e por fora e até alguns toques ligeiros, mas a Ducati acabou por ganhar: Pecco Bagnaia foi mais forte do que Marc Márquez e venceu o Grande Prémio de Espanha, com Marco Bezzecchi a encerrar o pódio. Miguel Oliveira terminou em oitavo em Jerez de la Frontera, registando o melhor resultado da temporada.