Depois do aumento de afluência que levou a constrangimentos no acesso aos serviços de urgência na manhã desta segunda-feira, 8 de novembro, o Hospital de Santa Maria confirma que a situação já está a “normalizar.”

À Rádio Observador, o hospital afirma que há agora menos utentes no serviço de urgência, falando, no entanto, de alguma volatibilidade. Os tempos de espera rondam agora entre uma e quatro horas, número semelhante aos do Hospital de São José e os mesmos que são também reportados no portal do Serviço Nacional de Saúde.

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Ao serviço de Pediatria têm chegado, sobretudo, crianças com vírus respiratórios. Nos adultos, não há um padrão, mas, adianta o hospital, tem aumentando a chegada de doentes crónicos, vindos de outros pontos do distrito de Lisboa.

Na manhã desta terça-feira, a CNN Portugal dava conta de utentes à espera para serem atendidos no serviço de urgências do Hospital de Santa Maria há mais de 24 horas. Em comunicado enviado ao canal televisivo, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (do qual faz parte o Santa Maria) confirmou a “grande pressão” vivida naqueles serviços de urgência, apelando a que as “pessoas com situações menos graves” se dirigirem a “respostas nos Cuidados de Saúde Primários”.

Na mesma nota, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte deu conta de um “aumento de afluência aos seus serviços de urgências, com médias diárias de casos a variar entre os 650 e os 700 episódios de urgências no conjunto do centro hospitalar”, valores idênticos aos de 2019, período pré-pandemia.

Em declarações à SIC Notícias, também o diretor da urgência geral do Hospital de Santa Maria confirma a “pressão”, que se sente há já “vários dias” na unidade hospitalar, e que resulta em cerca de mais cem utentes comparativamente à média registada em setembro. Às dificuldades soma-se o facto de se tratarem de doentes mais complexos (muitos vindos de urgências encerradas de outras unidades hospitalares), sobretudo idosos, com “muitas comorbilidades”. Diretor da urgência geral indica também que o internamento de doentes graves aumentou — está em 60%, face aos 50% habituais.