A Metro do Porto prevê lançar o concurso público da construção da Linha Rubi, no valor de 299 milhões de euros, no dia 17 de março, segundo um anúncio periódico indicativo publicado no Jornal Oficial da União Europeia esta segunda-feira.

De acordo com este anúncio prévio ao mercado patente no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE), que foi enviado pela Metro do Porto no dia 28 de dezembro e publicado esta segunda-feira, a “data prevista da publicação do anúncio do concurso” é 17 de março.

Em causa está o procedimento de 299 milhões de euros totalmente financiados, a fundo perdido, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para a construção da nova Linha Rubi (H) do Metro do Porto, que ligará a Casa da Música (Porto) a Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia) e inclui uma nova ponte sobre o rio Douro.

No anúncio feito no JOUE, a Metro do Porto faz uma descrição técnica do projeto, que inclui cinco estações à superfície (Arrábida, Candal e Rotunda [com parque de estacionamento para 500 veículos]) e cinco subterrâneas (Casa da Música [parcial], Campo Alegre, Devesas [interface de comboios], Soares dos Reis e Santo Ovídio [ligação com a estação existente]).

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Serão também construídos três poços de ventilação e emergência, dois poços de emergência, dois ramais de ligação à rede atual nas estações Casa da Música e Santo Ovídio, bem como uma via para realizar inversões após as estações.

Quanto à ponte sobre o rio Douro, a “obra de arte especial” do projeto, será “em pórtico executada em betão de alta resistência, com a utilização de betão leve em algumas partes da estrutura”.

A ponte terá um “comprimento total de 835 m [metros] distribuído por 8 vãos, com 7 pilares intermédios, sendo o vão principal de 428,60 m”, e o tabuleiro terá “15,40 m de largura, sendo os 6,40 m centrais dedicados ao metro e as duas faixas laterais de 4 m cada para o transito pedonal e ciclistas”.

O processo construtivo, “desenvolvido para minimizar os efeitos sobre o rio Douro e nas encostas em ambas as margens”, prevê “apoios provisórios que reduzem o vão principal para 300 m, deixando completamente livre a maior parte do leito e a totalidade do canal de navegação”.

“Sobre os apoios provisórios, e acima do tabuleiro, serão colocadas torres provisórias que permitem o atirantamento dos 200 m centrais do tabuleiro”, e “os elementos inclinados que compõem o pórtico principal, são construídos com recurso a tirantes provisórios que serão amarrados a maciços fortemente ancorados na rocha”.

O texto descreve ainda que “os vãos nos extremos, mais próximos do solo, são executados com cimbre ao solo e nas restantes zonas o tabuleiro é executado através do sistema de avanço em consola”, e quando for “concluído o esquema estrutural final, os tirantes, torres e apoios provisórios serão progressivamente removidos até a conclusão da estrutura”.

Outras obras de arte que incluem a empreitada são os túneis mineiros, o pontão de acesso ao Arrábida Shopping, junto da nova estação, a passagem pedonal da Arrábida, o viaduto da Arrábida, passagens inferiores nas ruas do Rei Ramiro e André de Castro, uma passagem inferior nas Devesas.

O texto refere também que o material circulante a operar na Linha Rubi “será parqueado e mantido no futuro PMO [Parque de Material e Oficinas] de Vila d’Este”, atualmente em construção, no âmbito do prolongamento da Linha Amarela (D), entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Gaia. A construção da Linha Rubi deverá terminar no final de 2025.