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As redes sociais Facebook e Instagram vão retirar das suas plataformas todos os conteúdos de apoio à violenta invasão das sedes dos poderes executivo, legislativo e judiciário do Brasil esta segunda-feira, de acordo com o jornal brasileiro Folha de São Paulo, que cita um porta-voz da Meta, empresa que é dona daquelas redes sociais e também da aplicação WhatsApp.

Segundo a Folha de São Paulo, além de remover os conteúdos de apoio à invasão, a Meta está também a colaborar com as autoridades brasileiras. Antes das eleições, em outubro de 2022, a Meta tinha classificado o território brasileiro como local temporário de alto risco.

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“Antes mesmo das eleições, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e passamos a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos”, explicou a empresa. “No domingo, também designamos este ato como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiam o exaltam essas ações.”

“Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos removendo conteúdos que violam nossas políticas”, acrescentou a Meta.

A Folha de São Paulo nota que a decisão da Meta de remover estes conteúdos poderá refletir-se, depois, na quantidade de imagens disponíveis para colaborar na ação judicial contra os invasores. O jornal brasileiro aponta o exemplo da invasão ao Capitólio dos EUA: naquele caso, as imagens disponibilizadas nas redes sociais foram vitais para a investigação dos crimes.

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Já no caso do YouTube, a plataforma de vídeos continua a aplicar as normas gerais de moderação de conteúdo, que inclui uma análise caso a caso para detetar violações das suas políticas. “Estamos monitorando a situação na capital brasileira envolvendo os espaços públicos das instituições na Praça dos Três Poderes”, diz o YouTube numa nota citada pela Folha de São Paulo.

O YouTube esclarece que está a remover os conteúdos que violam as políticas da plataforma, “incluindo transmissões ao vivo e vídeos que incitam violência”.

“Além disso, nossos sistemas estão exibindo com destaque conteúdos de fontes confiáveis na nossa página principal, no topo dos resultados de busca, e nas recomendações. Permaneceremos vigilantes conforme a situação continue a se desenrolar”, acrescentou a empresa.

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