Em atualização 

O presidente da Câmara de Espinho, Adelino Miguel Reis, um funcionário da autarquia e os três empresários detidos na terça-feira por suspeitas de corrupção vão ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal do Porto apenas esta quinta-feira de manhã. A informação foi revelada por Nuno Brandão, advogado do autarca.

Os cinco detidos na chamada Operação Vórtex chegaram ao edifício daquele tribunal cerca das 16h35, depois de passarem a noite nas instalações da Polícia Judiciária do Porto, tendo sido apenas identificados. Esta quinta-feira de manhã, arrancam os interrogatórios – os detidos podem optar por prestar ou não declarações – para serem fixadas as medidas de coação.

Como noticiou o Observador esta terça-feira, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto e a Polícia Judiciária terão indícios concretos do alegado pagamento de dinheiro vivo a Adelino Miguel Reis, presidente da Câmara Municipal de Espinho desde 2021 eleito nas listas do PS, detido esta terça-feira por suspeitas de corrupção e de outros crimes económico-financeiros.

MP e PJ suspeitam que presidente socialista da Câmara de Espinho terá recebido contrapartidas em dinheiro vivo

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em causa estão alegados favorecimentos de “dezenas de milhões de euros” a “interesses urbanísticos” de uma empresa chamada Pessegueiro Investments, uma construtora de Espinho conhecida por recuperar edifícios históricos que reconverte em imobiliário de luxo. Francisco Pessegueiro, líder executivo da empresa, foi igualmente detido.

Miguel Reis é o principal suspeito deste caso, sendo que o seu antecessor na autarquia, Joaquim Pinto Moreira, atual deputado e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, é igualmente visado na mesma investigação, ainda que num plano secundário.

*Notícia atualizada às 20h25 de 11 de janeiro de 2023 com indicação que os detidos foram apenas identificados