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Disse uma primeira vez, repetiu numa entrevista, foi falando em diversas ocasiões no plano interno. Quando era presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira começou a acreditar que era possível criar uma nova “ligação” com os principais talentos da formação: em vez de saírem e brilharem em sentido único, também podiam ser destaque lá fora e depois regressar à Luz. O antigo líder nunca falou em nomes publicamente mas Gonçalo Guedes, não sendo único, era uma dessas hipóteses. Agora, com Rui Costa como líder dos encarnados após a demissão de Vieira, essa “vontade” vai mesmo tornar-se realidade e com o avançado como protagonista.

Após fazer toda a formação desde as escolinhas no Benfica, Guedes fez a estreia pela formação principal da Luz em 2014/15, com nove encontros depois de ser o grande destaque na equipa B do clube. O avançado iria ainda permanecer mais uma época em meia na Luz, saindo no mercado de transferências de janeiro de 2017 para o PSG com três Campeonatos, uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e uma Supertaça com Jorge Jesus e Rui Vitória. A venda para o clube francês rendeu 30 milhões de euros à SAD encarnada. 

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A experiência na Ligue 1 não correu da melhor forma apesar de ter somado mais um Campeonato, uma Taça e uma Supertaça, tendo sido cedido em 2017/18 aos espanhóis do Valencia. No final da melhor temporada até aí como sénior (seis golos e nove assistências em 38 jogos), Gonçalo Guedes ficou mesmo na Liga a troco de 40 milhões mais cláusulas por objetivos onde ganhou uma Taça do Rei até 2021/22, conquistando pelo meio a Liga das Nações ao marcar o golo decisivo na final de 2019 com os Países Baixos. Foi nessa última época que conseguiu os registos mais altos até aqui, com 13 golos e seis assistências em 42 jogos.

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No início de 2022/23, Gonçalo Guedes, de 26 anos, foi aposta do Wolverhampton então de Bruno Lage, que pagou 32 milhões de euros para garantir o avançado que colmatou a lacuna existente no plantel. Ao todo, o avançado realizou 17 jogos (13 na Premier League) com um golo mas nunca conseguiu confirmar as boas indicações deixadas nos encontros iniciais, saindo agora por empréstimo para o Benfica também numa tentativa de ganhar outro protagonismo que lhe permita regressar à Seleção após falhar o Mundial. A confirmação do negócio chegou já de madrugada após a assinatura de contrato na Luz com Rui Costa.

Em sentido oposto, os encarnados fecharam a cedência de outro avançado da formação, Henrique Araújo. Considerado um dos produtos com mais potencial saídos do Seixal dos últimos anos, o avançado acabou por não ter tanta utilização com Roger Schmidt, fazendo dois golos em 14 jogos sempre como suplente utilizado (só na equipa B atuou com maior regularidade, sendo titular nas seis partidas). Agora, e nos próximos seis meses, o internacional Sub-21 terá a primeira experiência no estrangeiro pelo Watford, atual terceiro classificado do Championship que tenta manter posição de playoff de subida já com uma distância considerável em relação a Burnley e Sheffield United, os dois primeiros do segundo escalão inglês.