Chris Hipkins é o único candidato à liderança do Partido Trabalhista da Nova Zelândia, anunciou o partido. Na quarta-feira, Jacinda Ardern comunicou a renúncia ao cargo de primeira-ministra da Nova Zelândia, obrigando o partido a procurar um novo líder.

Jacinda Ardern resigna ao cargo de primeira-ministra da Nova Zelândia. Saída acontece até 7 de fevereiro

Hipkins, que atualmente é ministro da Polícia, Educação e Serviço Público, deverá ser confirmado como líder na reunião do partido, conhecida como Caucus, que se realiza este domingo. Só a partir dessa confirmação é que ficará oficializado como o sucessor de Ardern no cargo de primeiro-ministro.

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A Reuters refere que esta reunião deverá ser uma formalidade, dada a popularidade do atual ministro. Uma sondagem feita pela Horizon Research e citada pela agência noticiosa descrevia esta sexta-feira Hipkins como o potencial candidato mais popular entre os eleitores da Nova Zelândia, com aprovação de 26% dos inquiridos. 

A imprensa neozelandesa refere que ainda existiam rumores de outros possíveis candidatos dentro do governo, nomeadamente a ministra da Justiça, Kiri Allan, que poderia tornar-se na primeira pessoa de origem Maori, o povo nativo da Nova Zelândia, a chegar ao cargo de primeira-ministra.

Hipkins tem 44 anos e foi eleito pela primeira vez para o parlamento da Nova Zelândia em 2008. A Reuters refere que ganhou destaque durante a pandemia de Covid-19, quando foi nomeado para a atual pasta que lidera em novembro de 2020.

Caso a reunião de domingo do partido Trabalhista efetivamente nomeie Hipkins como líder do partido e, consequentemente, primeiro-ministro da Nova Zelândia, o governante deverá manter-se no cargo até às eleições gerais que estão marcadas para 14 de outubro.

Jacinda Ardern, a ainda primeira-ministra, deverá manter-se no cargo até ao início de fevereiro. A governante justificou a renúncia ao cargo, depois de enfrentar a gestão de uma pandemia e também as consequências do ataque terrorista em Christchurch. “Chegou o momento”, declarou Ardern, que foi primeira-ministra desde 2017. “Estou a deixar o cargo porque este tremendo privilégio acarreta responsabilidade. A responsabilidade de saber quando somos a pessoa certa para liderar, mas também a de perceber quando não o somos. Eu sei o que este trabalho exige. E sei que já não tenho [gasolina] suficiente no tanque para o desempenhar como deve ser. É tão simples quanto isto”, explicou Jacinda Ardern para justificar a decisão.