O presidente do PSD disse esta segunda-feira que “é preciso recuperar o tempo perdido” em relação à Jornada Mundial de Juventude (JMJ) e que o partido está solidário com a perspetiva apresentada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

“Nós [PSD] estamos muito solidários com aquela que tem sido a perspetiva do senhor presidente da Câmara Municial de Lisboa de não desaproveitar esta oportunidade, de recuperar o tempo perdido”, disse esta segunda-feira Luís Montenegro, aos jornalistas, na Guarda, onde se encontra no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, antes de iniciar uma reunião com o movimento Acreditar.

Em declarações aos jornalistas, o líder nacional do PSD referiu que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa iniciou funções “há pouco mais de um ano, mas a JMJ foi alvo de uma decisão relativamente à escolha de Portugal em 2019”.

“O Governo é o mesmo, a Câmara [liderança] é que não é a mesma. É preciso recuperar o tempo perdido. Faltam poucos meses para que esse evento se possa realizar. Não é tempo de estarmos a tergiversar e a distrairmo-nos do essencial“, vincou.

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Os custos da JMJ têm estado em destaque depois de ser conhecido que a construção do altar-palco do espaço do Parque Tejo (com nove metros de altura e capacidade para 2.000 pessoas), a cargo do município da capital, foi adjudicada à Mota-Engil por 4,24 milhões de euros (mais IVA), somando-se a esse valor 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.

Além deste palco está previsto outro no Parque Eduardo VII, em Lisboa, com um custo de até dois milhões de euros.

“Creio que a política de redução de custos subjacente aos palcos é uma política correta, de contenção, mas também não vale a pena estarmos a ‘dourar a pílula’. Há poucos meses para executar esta obra”, alertou.

Acrescentou que o país não vai “poder estar eternamente a discutir” os pormenores: “Nós vamos ter que discutir aquilo que é essencial. O essencial é que a Jornada se realize, que seja um sucesso e que possa ter um retorno que é devido a uma realização desta envergadura”.

Montenegro referiu que tem acompanhado o evoluir da situação junto do presidente da Câmara Municipal de Lisboa e o Governo, que conduz o processo desde 2019, e como o atual ministro das Finanças era o anterior presidente da autarquia, “não se pode queixar de ser surpreendido”.

“Quem está há pouco tempo em funções, quem herdou um programa, porventura, mal concebido ou com algumas falhas de programação foi o atual presidente da Câmara de Lisboa. Mas isso é uma responsabilidade que tem de ser assacada ao PS que tinha o Governo do país e que tinha também o governo da Câmara Municipal”, concluiu Luís Montenegro.