Voz rouca e intensidade no discurso. O treinador do Sporting, Rúben Amorim, reagiu com veemência ao empate a um frente ao Midtjylland no Estádio de Alvalade em jogo do playoff da Liga Europa. Ainda assim, os leões levam a eliminatória igualada para a segunda mão na Dinamarca.

“Acima de tudo, igualámos em termos de números, ou seja, não vamos em desvantagem. Obviamente que jogávamos em casa, queríamos a vantagem. Vamos tirar referências do adversário a jogar contra o nosso sistema. Depois, ver o que falhámos. Tivemos falta de confiança. Estivemos bem no início, mas depois tivemos muita desconfiança, o que tornou tudo mais complicado. Tivemos ainda algumas oportunidades de golo. Com o desenrolar do jogo, começámos a fazer coisas que não temos que fazer”, analisou Rúben Amorim.

Apesar da dificuldade que o Sporting tem tido em ganhar jogos consecutivamente esta época, o técnico diz compreender que o momento que os jogadores atravessam. “Houve jogos no campeonato em que nos faltou fome, mas hoje os jogadores tentaram tudo. É tudo muito difícil para eles. Parece que começaram a jogar futebol ontem. Eu já vivi isso e consigo perceber. Não fico zangado. Todos aqueles jogadores tentaram dar o máximo”.

Com os maus resultados, está a chegar a contestação dos adeptos. Amorim assume a responsabilidade. “Nunca me senti tão realizado como me sinto no Sporting. Vou ser sempre muito grato pelo que passei aqui. Não estava à espera. Foi como uma segunda oportunidade que tive na vida. Tudo o que se passa dentro do campo é responsabilidade minha. O ambiente que o clube tem é responsabilidade dos adeptos e eles têm que se lembrar que são os donos do clube. Eles têm que estar insatisfeitos. Assumo aqui: a equipa não está a jogar bem”. E fica a garantia: “Faremos o máximo. Se o máximo não chegar, estarão outros aqui. Eu acredito que damos a volta. Já demos a volta a momentos mais difíceis”.

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