Dez antigos altos quadros do BPN receberam indemnizações milionárias, entre 200 a 400 mil euros, avança o Correio da Manhã (CM) na edição desta segunda-feira. O jornal explica que a Parvalorem, a entidade pública que ficou com os ativos tóxicos e os trabalhadores do BPN, pagou estas compensações devido a rescisões por mútuo acordo.

Em resposta ao CM, a Parvalorem justifica estes pagamentos com o programa de rescisões aplicado em 2021 e aprovado pelo Ministério das Finanças, com o intuito de reduzir despesas. “No âmbito do cumprimento da missão que foi confiada pelo Estado à Parvalorem, de maximização da recuperação dos ativos recebidos do BPN, impõe-se à Parvalorem uma constante adaptação dos recursos aos ativos sob gestão (que, fruto da atividade da empresa, vão necessariamente diminuindo), no contexto das obrigações de redução de despesa e de otimização de recursos”, cita o jornal matutino.

Um dos ex-altos quadros recebeu uma compensação de 400 mil euros, enquanto os restantes nove obtiveram valores entre 200 mil a 350 mil euros. Os cálculos foram feitos tendo em conta as remunerações e antiguidade no BPN.

Este programa de rescisões é uma consequência da nacionalização do BPN, feita em novembro de 2008, e da posterior constituição da Parvalorem. Em 2021, a empresa gastou 3,1 milhões de euros em compensações a 36 trabalhadores.

Ao CM, o Ministério das Finanças, que tutela esta entidade, diz que o programa de rescisões foi aprovado já que visava “gerar poupanças significativas à empresa”, referindo que a despesa nele prevista seja compensada com “as poupanças estimadas em apenas dois anos.”

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