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A Rússia pediu esta quinta-feira à Moldávia para por fim à “retórica de confronto anti-russa”, depois de o Parlamento moldavo ter adotado uma declaração condenando a invasão russa da Ucrânia.

“Mais uma vez pedimos às autoridades moldavas que ponham fim à sua retórica de confronto anti-russo, que é completamente infundada”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado.

O Parlamento da Moldávia adotou esta quinta-feira uma declaração condenando a ofensiva russa na Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro de 2022, e apoiando a soberania e independência do país vizinho da Rússia.

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Em meados de fevereiro, a Presidente da Moldávia, Maia Sandu, tinha acusado a Rússia de fomentar um golpe para derrubar o seu Governo, baseando-se em alegados documentos intercetados pelos serviços secretos ucranianos.

A porta-voz da diplomacia russa também denunciou a proliferação de “informações falsas sobre os planos inexistentes de Moscovo para desestabilizar a situação” na Moldávia e sobre as tentativas de “aumentar artificialmente as tensões” à volta da situação na região separatista pró-russa da Transdniestria.

“Da nossa parte, confirmamos a vontade em reforçar uma cooperação pragmática e construtiva com Chisinau e prosseguir os esforços para resolver o problema da Transdniestria”, acrescentou Zakharova.

A Moldova, ex-república soviética com ambições de integrar a União Europeia, teme poder vir a ser o próximo alvo de Moscovo, após a invasão da Ucrânia.

Neste contexto tenso, o Presidente russo, Vladimir Putin, revogou no final de fevereiro um decreto de 2012 que servia de marco para permitir às partes envolvidas uma solução para a questão da região separatista da Transístria, “com base no respeito pela soberania” da Moldávia.