O secretário-geral do PCP defende que a sociedade nunca será “realmente progressista e democrática” sem igualdade entre homens e mulheres e considerou que todos os que “aspiram à emancipação social” devem lutar por esse desígnio.

“Sem igualdade plena da mulher nunca haverá uma sociedade realmente progressista e democrática. A luta emancipadora é uma luta das mulheres, mas é uma luta de todos os que ambicionam uma sociedade sem desigualdades e de progresso”, declarou Paulo Raimundo numa mensagem em vídeo divulgada na véspera do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março.

Nesta mensagem, Paulo Raimundo considerou que a data é de “profundo significado político e histórico” e “um marco na luta das mulheres em defesa dos seus direitos”, razão pela qual “muitos a pretendem fazer esquecer”.

Para o líder comunista, a luta das mulheres que “aspiram a viver uma vida justa e dignamente, sem precariedades, sem desigualdade, sem violências”, deve ser uma luta de todos os que “aspiram à emancipação social”.

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Mulheres e homens, temos uma aspiração comum: acabar com a desvalorização das profissões e carreiras, com os baixos salários que penalizam duplamente e ainda mais as mulheres trabalhadoras, acabar com o empobrecimento, horários desregulados, precariedade, pressão e chantagem, desrespeito pelos direitos de maternidade mas também de paternidade, acabar com as dificuldades crescentes no acesso à habitação e serviços públicos, em particular ao SNS”, elencou.

Segundo Paulo Raimundo, 8 de março é “mais um momento para denunciar esta realidade de desigualdade e de injustiça que empurra mulheres e crianças para o empobrecimento enquanto os grupos económicos” estão a lucrar, beneficiando “da guerra e do seu prolongamento”.

“Mas o Dia Internacional da Mulher é acima de tudo o momento acrescido e de motivação especial para, com a força e determinação das mulheres, afirmar, exigir e lutar por aquilo que está ao seu alcance e que é seu por direito”, disse o secretário-geral do PCP.

Nesse âmbito, Paulo Raimundo acrescentou que o Dia Internacional da Mulher deve também ser um “momento de afirmar, exigir e lutar pelos serviços públicos, pela dignidade, pelo fim da violência, pelo respeito, pela paz, por uma vida digna, pela igualdade plena da mulher no trabalho e na vida”.