A vitória é sempre o fruto mais apetecível. E, até agora, o Arsenal, além de liderar a Premier League, tinha sido apenas travado pelo PSV Eindhoven, a única equipa capaz de vencer os gunners na Liga Europa. No período entre o início da competição e esta quinta-feira, os jogadores de Mikel Arteta tinham vencido todos os jogos da Liga Europa em que marcou, o que ajudou à conquista do primeiro lugar no grupo A. O 2-2 que o Sporting conseguiu em Alvalade torna-se assim um resultado digno de destaque.

O problema para os leões é que o Arsenal, desde que a segunda competição mais importante da UEFA se designa de Liga Europa (2009), sempre que participou na fase de grupos chegou pelo menos às meias-finais. Com a igualdade, os leões têm a eliminatória em aberto, mas a passagem à próxima fase não se avizinha fácil.

“Sabemos que o jogo em Londres se vai iniciar com o público deles e ter um golo ou dois de vantagem era completamente diferente. Vamos fazer o nosso jogo. Vamos tentar deixar a equipa do Arsenal nervosa. Sabemos que vamos sofrer muito. Se tivermos que defender todos à frente da baliza… o objetivo é passar e esse objetivo está intacto”, perspetivou o treinador do Sporting, Rúben Amorim.

O técnico saiu da primeira mão dos oitavos de final satisfeito com o desempenho da equipa. “Antes do jogo, todos os sportinguistas assinariam este resultado. Olhando para as incidências, é difícil de aceitar”, continuou. “Podíamos ter ganho o jogo”, lamentou Amorim.

“O Arsenal teve o controlo do jogo muitas vezes com a bola. Nós defendemos bem. Nada de muito diferente do que fazemos no nosso campeonato, mas temos que adaptar se queremos vencer estes jogos. Mesmo sofrendo primeiro, a equipa não se deixou ir abaixo e isso é um sinal muito bom. Se olharmos para todas as incidências do jogo, foi muito parecido com o que tem acontecido esta época. Temos o 3-1 para fazer e depois daquela jogada há o 2-2. Depois, foi tentar defender. Os jogadores deram tudo o que tinham num ritmo diferente. Fomos uma equipa muito inteligente a perceber onde é que está o espaço”, analisou.

Ainda assim, Rúben Amorim pensa a curto prazo e dá prioridade ao encontro da próxima jornada da Primeira Liga. “Somos um clube grande. Não podemos ter uma noite como esta e, depois, com o Boavista, baixarmos muito. Isso é uma coisa de equipa pequena. Temos que ganhar ao Boavista”.

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