Continuando a sua trajectória, que a leva a apostar cada vez mais em veículos eléctricos alimentados por bateria, a Porsche reforçou a sua estratégia ao anunciar que espera em 2030 atingir 80% das vendas apenas com modelos eléctricos. Para este objectivo ser viável dentro de sete anos, o construtor alemão prevê lançar versões eléctricas do Macan, do 718 e do Cayenne, que pelo menos numa primeira fase deverão coabitar com as equivalentes com motores a combustão.

Já se sabia que o próximo veículo eléctrico da Porsche será o Macan, agendado inicialmente para 2023, mas que derrapou para 2024 por dificuldades relacionadas com o software. O Macan será construído sobre a plataforma PPE, a mesma que a Audi vai utilizar no próximo A6 e-tron.

O segundo modelo eléctrico a juntar à família da Porsche é o 718, desportivo que vai substituir os actuais Cayman e Boxster. Conceber um desportivo eléctrico a bateria com dimensões tão compactas não é tarefa fácil, uma vez que não abunda o espaço necessário para alojar um generoso pack de baterias, de forma a assegurar a desejável autonomia. O 718 eléctrico, que usufruirá de um motor por eixo e quatro rodas motrizes (apenas um motor e tracção traseira na versão mais barata), surgirá um ano depois do Macan, ou seja, em 2025.

A grande novidade da conferência de imprensa foi o anúncio que o Cayenne irá ter uma versão eléctrica em 2026. O modelo a bateria coexistirá com o SUV com a mesma denominação, mas animado por motores de combustão, uma vez que o modelo actual surgiu em 2019 e vai usufruir de um restyling ainda em 2023.

O Cayenne eléctrico vai ser construído sobre a plataforma PPE, do Grupo Volkswagen, a mesma que será igualmente utilizada pelo K1, o nome de código do modelo que a Porsche quer conceber para posicionar acima do Cayenne, ainda que se deva aproximar da filosofia crossover, por ser menos alto e com uma traseira estilo coupé. A marca alemã pretende ainda que o K1 possa concorrer com os Aston Martin, Range Rover e Bentley, de forma a praticar margens de lucro de 20%, fazendo assim justiça ao programa “Road to 20” que a marca anunciou. Contudo, é bom recordar que a Mercedes tentou concorrer com estas marcas de luxo com a Maybach, sem grande sucesso.

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