Os agentes da autoridade, através da Estrutura Nacional Conjunta de Operações e Inteligência (NATJOINTS) prenderam, desde domingo, 550 manifestantes em todo o país por crimes relacionados com violência pública”, referiu a polícia sul-africana (SAPS), segundo a Reuters.

Em comunicado durante a manhã, as autoridades sul-africanas salientaram ainda que “pelo menos 24.300 pneus” – regularmente utilizados como combustível em protestos violentos no país – foram confiscados em todo o país pelas autoridades policiais.

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“Eram pneus colocados estrategicamente para atos de criminalidade”, sublinhou o Natjoints, acrescentando que “6.000 foram apreendidos no Cabo Ocidental, 4.500 no Free State, 3.600 em Gauteng, 1.513 no Cabo Oriental e mais alguns em outras províncias”.

A África do Sul encontra-se desde sexta-feira em estado alerta máximo devido aos protestos anunciados para o dia hoje pelo partido de oposição EFF contra os “cortes de eletricidade regulares” e uma economia em “colapso”, pedindo ainda a renúncia do Presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994 no país.

Pelo menos 3.400 militares do exército sul-africano (SANDF, na sigla em inglês) foram destacados desde domingo para apoiar a Polícia no controlo dos protestos de hoje convocados pelo político de esquerda radical, Julius Malema, que foi líder da Juventude do ANC governante entre 2008 e 2012.

Alguns partidos de oposição, empresas e grupos privados de transportes públicos coletivos rejeitaram a adesão à ação de protesto.

A concessionária de eletricidade sul-africana Eskom, cancelou os cortes regulares de eletricidade para esta segunda-feira.

Atualizado às 23h40