A concessão de crédito em Portugal está a ter “algum abrandamento” mas continua a crescer a um ritmo positivo, diz Francisco Barbeira, administrador do BPI que apresentou aos jornalistas, esta quinta-feira, o novo espaço comercial “all in one” que reaproveita o antigo centro comercial Monumental, na zona do Saldanha em Lisboa. O administrador diz que se nota, sobretudo, que “os ciclos de decisão são mais lentos” mas “os números mostram que o crédito continua a crescer”.

Francisco Barbeira apresentou o espaço comercial de 2.300 metros quadrados que vai abrir portas na próxima segunda-feira. São dois pisos abertos aos clientes – todos, empresas, particulares, private e retalho – e, nos andares superiores do edifício, ficam serviços centrais que passam a trabalhar a par do outro edifício do BPI em Lisboa (que fica a dois passos, na Rua Casal Ribeiro). Os serviços do banco em Lisboa, que antes estavam distribuídos por seis locais, passam a estar concentrados nestes dois edifícios.

O administrador recusa falar em “concentração” mas este novo edifício irá substituir seis balcões que existiam nas redondezas – os cerca de 15.000 clientes desses balcões já foram avisados da mudança. Não contando com o robô que recebe os visitantes à entrada, vão trabalhar ali cerca de 100 colaboradores, a maioria dos quais em atendimento ao público (nos diferentes tipos de produtos e serviços – desde a simples abertura de uma conta até ao financiamento para a compra de um carro, por exemplo um igual ao Tesla que está estacionado no centro do espaço).

O espaço vai ter um horário de atendimento maior do que um balcão convencional, desde as 8h30 até 17h30, de segunda a sexta. O nome é BPI All in One Lisboa, o que pressupõe que haverá outros? Francisco Barbeira diz, ao Observador, que está a ser estudada a possibilidade de criar um centro parecido no Porto (cidade onde fica a sede do banco) mas “ainda não está tomada a decisão”.

“É um espaço que obviamente se dirige a todos os clientes BPI, mas que queremos que venha a estar aberto a toda a comunidade”, diz o administrador, notando que no piso -1 há um local a que se chamou “Ágora”, uma sala com projeção de imagem a 360º que pode funcionar como local para apresentações culturais, iniciativas sobre temas da atualidade e outro tipo de eventos abertos a todos.

O BPI não revela quanto investiu na criação deste espaço, cujo arrendamento à proprietária Merlin Properties foi acordado em setembro de 2020.

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