Cento e cinquenta milhões de dólares é o valor que a Christie’s espera alcançar com o leilão da coleção privada de joias de Heidi Goëss-Horten, bilionária austríaca que morreu no ano passado. A concretizar-se, este será o mais valioso leilão de joias da Christie’s até à data e apenas o terceiro a ultrapassar a cifra dos 100 milhões, assegura a casa britânica.

O leilão acontece em duas partes, a 10 e 12 de maio, em Genebra, e inclui também duas vendas online, uma que decorre de 3 a 15 de maio e outra que deverá acontecer em novembro. A casa leiloeira vai vender 700 joias da coleção privada de Heidi Horte, colecionadora de arte que chegou a ser a mulher mais rica da Áustria – a Forbes avaliou a sua fortuna em três mil milhões de dólares.

Recorda o jornal El País que Heidi Horten herdou a fortuna do marido, Helmut Horten, depois da sua morte em 1987. “O empresário alemão e dono da cadeia de grandes armazéns Horten AG pertencia ao partido nazi e acumulou riqueza durante a II Guerra Mundial”, resume o diário espanhol. Terá sido graças a esta herança que Heidi Horten conseguiu, ao longo da sua vida, ir comprando joias para acrescentar à coleção. Entre as que vão a leilão estão peças Cartier, Harry Winston, Boivin ou Van Cleef & Arpels. Há também “uma importante seleção de pérolas, peças de jade e criações Bulgari de 1970, 1980 e 1990”, revela a Christie’s.

“A Heidi era uma colecionador sensível e apaixonada com uma profunda estima por joalharia”, recorda Max Fawcett, responsável pelo departamento de joalharia da Christie’s em Genebra, em comunicado. “Ela tinha um olhar perspicaz e curou uma coleção sofisticada com algumas das melhores joias que alguma vez chegaram ao mercado”.

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