Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ascenderam a 1.799 milhões de euros (11%), até 3 de maio, e as candidaturas aprovadas a 124.969, segundo o último relatório de monitorização.

O documento divulgado esta sxta-feira revela que com os maiores montantes pagos figuram as entidades públicas (569 milhões de euros), as empresas públicas (299 milhões de euros), as empresas (328 milhões de euros) e as escolas (218 milhões de euros).

Seguem-se as famílias (137 milhões de euros), as autarquias e as áreas metropolitanas (119 milhões de euros), as instituições de ensino superior (67 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (42 milhões de euros) e as instituições do sistema científico e tecnológico (20 milhões de euros).

As aprovações, por seu turno, somam agora 12.785 milhões de euros (77%), com as entidades públicas a liderar com 4.129 milhões de euros.

Com os maiores montantes aprovados estão ainda as empresas (3.509 milhões de euros), as empresas públicas (2.234 milhões de euros) e as autarquias e as áreas metropolitanas (1.287 milhões de euros).

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Depois surgem as instituições do ensino superior (614 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (312 milhões de euros), as instituições do sistema científico e tecnológico (286 milhões de euros) e as escolas (253 milhões de euros). Abaixo disto ficam as famílias, com 162 milhões de euros aprovados.

Até quarta-feira, o PRR recebeu 180.525 candidaturas e 124.969 estão aprovadas.

A execução do plano segue em 17% dos marcos e metas contratados com a Comissão Europeia.

O montante total do PRR (16.644 milhões de euros), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes — resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros).

As três dimensões do plano apresentam uma taxa de contratação de 100%.

Da dotação total, cerca de 13.900 milhões de euros correspondem a subvenções e 2.700 milhões de euros a empréstimos.

Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.

Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela Covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

A consulta pública ao reforço orçamental de quase 2.400 milhões de euros do PRR, no âmbito da sua reprogramação, termina nesta sexta-feira.

No dia 6 de abril, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou, em declarações à Lusa, a entrada em consulta pública deste reforço, que se prolonga até esta sexta-feira.

Em causa estão as prioridades às quais serão destinados mais 1.600 milhões de euros do PRR, a que se somam 785 milhões de euros, a que Portugal pode aceder no âmbito da iniciativa REPowerEU, que constitui a resposta da Comissão Europeia às perturbações causadas ao mercado de energia pela guerra na Ucrânia.