Os trabalhadores da empresa municipal de regulação de estacionamento e mobilidade de Almada (WEMOB) iniciam na terça-feira uma greve de dois dias para exigir da Câmara um aumento de salários, carreiras regulamentadas e condições de trabalho.

A jornada de luta foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas e Afins (STAL) e aprovada em plenário dos trabalhadores, que decidiram também marcar presença nos Paços do Concelho, na terça-feira, e na Avenida 25 de Abril, junto às instalações da WEMOB, na quarta-feira.

“Nós, trabalhadores da WEMOB, temos vindo a exigir ao executivo da Câmara Municipal de Almada salários dignos (43% de nós estão no salário mínimo nacional), carreiras regulamentadas condignamente e condições de trabalho”, explicam os trabalhadores em comunicado.

Segundo o STAL, têm sido recusados aumentos salariais intercalares para fazer face ao aumento do custo de vida, sendo a reivindicação no valor de 100 euros.

Relativamente às carreiras, o sindicato explicou que o executivo da Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, demonstra não estar disponível para a totalidade da contabilização do tempo de serviço, existindo trabalhadores com mais de 15 anos ao serviço da empresa.

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O STAL denunciou ainda o “aumento acentuado” do peso das coimas e taxas nas receitas da empresa, “com consequências gravosas para o ‘bolso’ da população” e para os níveis de ‘stress’ dos trabalhadores “face às reações adversas”.

Por outro lado, defendeu que sejam encontradas soluções para o estacionamento e mobilidade no concelho.

De acordo com dados da empresa, de janeiro de 2022, a WEMOB tem 98 trabalhadores.