A Bentley tem vindo a adoptar uma série de medidas para compatibilizar a ideia de luxo com a responsabilidade ambiental, como parte do plano estratégico da empresa “Beyond100″ anunciado em 2020, o qual cruza a conversão da marca do maior fabricante mundial de motores a gasolina de 12 cilindros num construtor de automóveis de luxo exclusivamente eléctricos, o que deverá acontecer até 2030, com um compromisso a longo prazo com a sustentabilidade. É no âmbito dessa estratégia que a marca britânica do Grupo Volkswagen anunciou a criação da Bentley Environmental Foundation, uma fundação que se destina a apoiar iniciativas globais que promovam a sustentabilidade e para a qual a Bentley aceita donativos, quer dos 4000 colaboradores que emprega em Crewe, quer do público em geral.

Este anúncio ocorre pouco tempo depois de a marca inglesa ter ultrapassado a fasquia de 1 milhão de abelhas, num projecto que, mais do que produzir mel, visa garantir que a polinização da flora local está assegurada. A protecção da biodiversidade é, há muito, uma preocupação da Bentley, daí que as suas instalações no Reino Unido sejam singulares na população que delas faz habitat. Além das abelhas, a fauna protegida integra ouriços, morcegos e outros pássaros, enquanto a flora é preservada com a distribuição de sementes de flores silvestres entre os trabalhadores e hortas que os ajudam a manter o bem-estar mental. Agora, a Bentley dá mais um passo em frente com a nova fundação, que surge depois de ter sido também criada uma “equipa de especialistas globais”, o Bentley Sustainability Council, destinado a orientá-la na “procura da excelência da sustentabilidade”.

Bzzz, bzz: abelhas há muitas, mas estas são Bentley e atingiram 1 milhão

Gizada sob o aconselhamento de uma organização sem fins lucrativos, a Charities Aid Foundation, a fundação pró-ambiente com a chancela da Bentley vai seguir um modelo funding plus. Segundo a marca, a ideia é “aproveitar o alcance e a posição da empresa para ajudar a impulsionar a inovação ambiental”, por um lado, e, por outro, cultivar uma “transparência radical, convidando o público a envolver-se”. Como? Aceitam-se donativos, “grandes ou pequenos, através do site da marca, para “aumentar o impacto ambiental” dos projectos apoiados pela Bentley Environmental Foundation.

Para já, são três os parceiros da nova fundação: o Project Drawdown, o Biomimicry Institute e o Sustainable Surf. O primeiro visa a criação de um “Capital Accelerator” que se espera que “influencie até 100 mil milhões de dólares em fluxos de capital para soluções climáticas até 2025”. Já o segundo pretende apoiar uma dezena de startups ou “cerca de 30 agentes de mudança por ano”. Por fim, o terceiro concentra-se na regeneração dos oceanos e passa pelo nosso país. “O financiamento do programa SeaTrees da Sustainable Surf será utilizado para expandir os seus projectos de recuperação em curso no Quénia, onde já foi plantado 1 milhão de árvores de mangue, para a Europa, pela primeira vez com projectos de ervas marinhas e algas em Portugal e Espanha. O projecto apoiará a plantação e a protecção de árvores de mangue, prados de ervas marinhas e florestas de algas através de três parceiros locais de restauração”, explica a Bentley.

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