Depois de ter anunciado uma quebra de 3% nas vendas do Taycan no 1.º trimestre de 2023, a Porsche voltou a ver o número de unidades 100% eléctricas entregues a clientes continuar a cair no 2.º trimestre, acusando no final do semestre menos 5% face aos valores de 2022. O que parece revelar uma tendência para o modelo eléctrico que cada vez oferece mais versões e que, ainda assim, caiu em 2022 face a 2021, tudo indicando que continuará a ver o número de clientes a diminuir em 2023.

O Taycan, que surgiu no mercado em 2019, registou em 2021 o seu volume de vendas mais elevado, quando atingiu 41.296 unidades. Porém, o mercado não sustentou este crescimento, tendo a procura caído 16% em 2022, para apenas 34.801 veículos. Este ano não arrancou melhor, com a Porsche a comercializar apenas 9151 unidades com as diferentes versões do Taycan nos primeiros três meses do ano, menos 3% face a 2022, para a performance continuar a piorar de Abril a Junho, período em que as vendas caíram mais 2%, comparando com o mesmo trimestre do ano anterior.

A Porsche alega dificuldades com os chips, problema que afectou muitos construtores em 2021 e 2022, mas que deixou de ser um argumento determinante desde então, especialmente para marcas e modelos mais caros e de pequeno volume, como é caso da Bentley e Lamborghini, que também pertencem ao Grupo Volkswagen, ambas a alcançar continuamente novos recordes de vendas, ano após ano.

Enquanto a Porsche vê as vendas das suas diferentes versões do Taycan caírem, a BMW, a Mercedes e a Tesla revelam comportamentos substancialmente distintos, também elas necessitando de chips. A BMW viu as vendas de modelos eléctricos subirem 117% no 2.º trimestre de 2023, atingindo 88.289 unidades, com a Mercedes a subir 123%, para 56.300 veículos. Já a Tesla, de Abril a Junho, comercializou 466.140 unidades.

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