Entre maio e junho, 21 mil portugueses perderam o direito ao Complemento Solidário para Idosos (CSI) após uma reavaliação de rendimentos, afirmou ao Jornal de Negócios a presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), explicando que, na grande maioria dos casos, o corte se deveu a  aumentos nos rendimentos de capital, prediais ou património imobiliário.

“Foi feita uma reavaliação já tendo por base o novo valor de referência e houve um aumento do valor médio da prestação de 31,8%”, para 143,75 euros em junho, explicou Ana Vasques. Porém, houve “um conjunto de beneficiários que por terem outros rendimentos de capital, prediais, de património imobiliário [excluindo habitação própria] acabaram por deixar de reunir as condições” necessárias para ter acesso ao CSI.

De acordo com a presidente do ISS, trata-se de uma quebra de 14% em relação a maio e de 15% em relação ao ano passado.

Ana Vasques esclareceu ao Jornal de Negócios a saída dos beneficiários do apoio, atribuído aos pensionistas que tenham “recursos” anuais inferiores a 5.858,63 euros ou a 10.252,60 euros no caso de um casal, se deveu sobretudo em 90% dos casos aos seus rendimentos e “não exclusivamente por causa das pensões”.

Tratam-se de pessoas que “têm rendimentos de capital, prediais ou património imobiliário” que terão aumentado, afirmou. Houve também algumas situações de pensionistas que passaram a receber outros apoios, como a pensão de sobrevivência.

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