A missão indiana à Lua, Chandrayaan-3, continua a avançar como planeado. Esta quarta-feira, o rover Pragyaan — que significa “sabedoria” em sânscrito — saiu de dentro da barriga da sonda Vikram conforme planeado e avançou pela superfície lunar. Esta sexta-feira, a Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO) divulgou o momento nas redes sociais.

rover tem um espetrómetro de raios X e outro baseado em laser, que servirão para estudar a composição do solo e rochas lunares. A sonda, por sua vez, vai registar a atividade sísmica e a temperatura e funcionar como marcador de localização na superfície lunar. Ambos serão alimentados por energia solar e estarão em funcionamento durante duas semanas, até ao próximo pôr do sol no polo sul da Lua.

O rover Pragyaan tem ainda uma curiosidade: as rodas têm o logo da ISRO em relevo e à medida que forem avançando sobre as poeiras da Lua, deixarão o logo marcado na superfície lunar para a posteridade — à semelhança das pegadas deixadas por Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar o solo lunar, em 1969.

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O logo da ISRO não é a única marca deixada: esta quarta-feira, a Índia tornou-se o quarto país a pousar suavemente na Lua e o primeiro a conseguir fazê-lo no polo sul. Ao contrário da missão Apollo 11 da NASA (agência espacial norte-americana) que fez os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins pousarem numa região chamada Mare Tranquillitatis (Mar da Tranquilidade), a missão indiana teve de encontrar um espaço seguro para alunar no meio de uma superfície cravada de crateras.

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O astronauta Chris Hadfield (conhecido por ter tocado David Bowie no espaço) elogiou o feito e destacou a dificuldade: “Reparem nas duas pausas na descida de forma a que as câmaras encontrassem um ponto plano, antes de [alunar com] sucesso”.