Primeiro o Sporting, depois a UEFA e/ou a FIFA, agora a Federação. O nome do antigo internacional Luís Figo continua a ser apontado à liderança de projetos desportivos de grande dimensão, com a sucessão de Fernando Gomes na FPF a surgir agora como última possibilidade para o ex-jogador de 50 anos. O Expresso escreve que um grupo de pessoas ligadas ao futebol nacional terá abordado Figo no sentido de avançar com uma candidatura ao cargo em 2024, altura em que o atual presidente irá sair, e que a resposta estará perto de ser positiva nesse sentido. Segundo sabe o Observador, há alguns meses que esta possibilidade estava a ser falada nos bastidores com a nuance de que poucos acreditariam que esse cenário se pudesse tornar realidade.

O jogador tem a vida radicada em Madrid e esse poderia ser um dos obstáculos a uma candidatura a líder da Federação Portuguesa de Futebol. Em paralelo, Luís Figo tem nesta altura outras ambições que podem não passar necessariamente pelo futebol, porta a qual nunca fechou. Foi isso, aliás, que o antigo jogador explicou a algumas personalidades ligadas ao Sporting quando tentavam montar uma candidatura que o colocaria como número 1 do projeto. Nesta fase, e depois de a hipótese de uma candidatura à FIFA em 2015 ter caído antes sequer de ter verdadeiramente arrancado, Luís Figo foi eleito em 2017 pelo líder da UEFA, Aleksander Ceferin, como “conselheiro de futebol” do órgão que tutela o futebol europeu.

A notícia de um possível avanço de Luís Figo não deixará certamente de fazer “agitar as águas” no trabalho que estava a ser feito nos bastidores entre putativos candidatos ao cargo. E, da mesma forma como o nome do antigo internacional, havia pelo menos mais três correntes que eram faladas como possibilidades.

A primeira hipótese passaria por uma solução “interna” dentro do atual edifício da Federação Portuguesa de Futebol que tem acompanhado Fernando Gomes ao longo dos quase 12 anos que leva no cargo, sendo que o nome de José Couceiro, por todo o know how que tem do futebol português nas mais variadas posições e funções ao longo dos últimos largos anos. Uma segunda corrente, ainda sem projeto ou nome conhecidos, poderia nascer de um movimento das Associações Distritais de Futebol. Por fim, uma terceira possibilidade passaria por um eventual avanço de Pedro Proença, que foi reencaminhado para um terceiro e último mandato na Liga e que seguiria os passos do próprio Fernando Gomes, que saiu da Liga para a FPF. Em termos públicos, não houve qualquer nome ou projeto assumidos como certos na corrida de 2024.

Assim, o único dado adquirido é mesmo a saída de Fernando Gomes da Federação, depois de um caminho longo que acabou por revolucionar várias vertentes da FPF, do futebol masculino e feminino, do futsal e do futebol de praia, a par da criação de uma “máquina” que em nada tem a ver com aquilo que o órgão era em dezembro de 2011, quando foi eleito o 34.º presidente da FPF. Após ter passado pelo Comité Executivo da UEFA como vice-presidente, Fernando Gomes foi eleito este ano para um novo mandato de quatro anos no Conselho da FIFA (já tinha passado pelo cargo), na sequência do 47.º Congresso da UEFA em Lisboa, entrando na vaga que pertencia a Noël Le Graët, líder da Federação Francesa de Futebol.

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