O secretário-geral adjunto abriu o dia da Academia Socialista, em Évora, com uma intervenção sobre o Estado social onde aproveitou para atacar a direita, nomeadamente o PSD e a Iniciativa Liberal. “O neoliberalismo tomou conta do maior partido da oposição e a IL é neoliberal radical”, afirmou João Torres perante os jovens socialistas quando criticava o “aventureirismo da direita quando fala permanentemente de privatização”.

“Todos nós sabemos como acabaria esse aventureirismo da direita quando nos fala permanentemente de privatização. todos nos sabemos que esse aventureirismo da direita com obsessão privatizadora do Estado social acabaria na ausência desse mesmo Estado social  e sem ele não há democracia”, defendeu Torres que considera que “é impossível que partidos como o PSD ou a IL formulem ou apresentem uma ideia que seja para robustecer e reforçar o Estado social sem falar de privatização, da iniciativa privada, do enfraquecimento da natureza pública que para nós é inalienável no Estado social”.

Pelo lado socialista garantiu não existir “nenhum complexo em relação à iniciativa privada”, mas acrescentou que o PS tem “uma análise crítica sobre a distribuição da riqueza”. Para o partido, assumiu o secretário-geral, “a liberdade vai muito para além da liberdade de expressão e ninguém pode ser livre se for dependente”.

Antes disso já tinha aconselhado os participantes na Academia Socialista a lerem o discurso fundacional de Mário Soares e também de Franklin Roosevelt sobre a liberdade e como ela “vai muito além das liberdades formais” e como “só as quatro liberdades conjugadas formam a liberdade de fundar uma democracia”, referindo a liberdade de expressão, a religiosa, a de recursos e a liberdade em relação ao medo.

“A democracia para ser inteira pressupõe a realização destas quatro liberdades. Para estas quatro serem possíveis, é indispensável que exista um Estado social e o Estado social é o desígnio permanente da história do PS”, concluiu.

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