Zoleka Mandela morreu na noite desta segunda-feira, aos 43 anos, reporta a BBC, citando um porta-voz da família. A neta do antigo Presidente da África do Sul e da ativista anti-apartheid Winnie Madikizela-Mandela sofria há vários anos com cancro.

Conhecida por detalhar a sua luta contra a doença, Zoleka Mandela deu entrada no hospital no dia 18 de setembro para um tratamento, lê-se numa publicação na sua conta de Instagram. No último ano, admitira que o cancro se tinha alastrado ao fígado, pulmões e outros órgãos.

“O seu trabalho na consciencialização sobre a prevenção do cancro e o seu compromisso inabalável em quebrar o estigma em torno da doença vai continuar a inspirar-nos a todos”, afirmou a Fundação Nelson Mandela.

Zoleka Mandela nasceu em 1980, era autora e ativista. Falava frequentemente das várias batalhas contra a doença (primeiro com o cancro da mama, em 2011 e 2016) e dos efeitos colaterais da quimioterapia, mas também do abuso sexual que sofreu na infância, a depressão e os vários problemas de adição.

Em 2010, a sua filha de 13 anos morreu num acidente de carro provocado por um condutor sob o efeito de álcool. Na altura, Zoleka estava internada no hospital na sequência de uma tentativa de suicídio. “Foi o período mais escuro e doloroso da minha vida”, confessou à BBC. Desde então, Zoleka tornou-se porta-voz de várias campanhas de solidariedade, e em particular de segurança nas estradas.

Três anos depois, em 2013, documentou a sua história na autobiografia When Hope Whispers. Em 2016, a BBC elegeu-a como uma das 100 mulheres do ano.

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