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Francisco, a verdadeira cor de uma noite a preto e branco (a crónica do Vizela-FC Porto)

Este artigo tem mais de 6 meses

FC Porto não impressionou, mas fez o suficiente para vencer um Vizela frágil e igualar o Benfica na Liga (0-2). Taremi marcou de penálti, Eustáquio fez um grande golo, Conceição foi o melhor em campo.

O avançado português foi titular pela primeira vez esta temporada
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O avançado português foi titular pela primeira vez esta temporada

Miguel Pereira/Global Imagens

O avançado português foi titular pela primeira vez esta temporada

Miguel Pereira/Global Imagens

No espaço de uma semana, o FC Porto perdeu na Luz com o Benfica e no Dragão com o Barcelona. Seguiu-se uma vitória contra o Portimonense, outra vitória contra o Vilar de Perdizes e uma goleada contra o Antuérpia — e seguiu-se, acima de tudo, uma subida de rendimento coletivo até níveis que a equipa de Sérgio Conceição ainda não tinha conseguido apresentar na atual temporada.

Este domingo, contra o Vizela, os dragões tinham a oportunidade de aproveitar o empate do Benfica perante o Casa Pia e igualar os encarnados, ficando à espera do resultado de um Sporting que só jogava na segunda-feira com o Boavista. Para isso, porém, era preciso apresentar o FC Porto da segunda parte em Antuérpia e e esquecer o FC Porto da primeira parte em Antuérpia: ou seja, apresentar a melhor versão de uma equipa que na Bélgica só acordou no momento em que foi para o intervalo a perder com um conjunto claramente inferior.

Ficha de jogo

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Vizela-FC Porto, 0-2

9.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Futebol Clube de Vizela, em Caldas de Vizela

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

Vizela: Buntic, Tomás Silva, Bruno Wilson, Anderson, Matheus Pereira, Diogo Nascimento (Jardel, 73′), Busnić (Pedro Ortiz, 45′), Nuno Moreira (Dylan Saint-Louis, 82′), Samu (Alex Méndez, 73′), Matías Lacava (Alberto Soro, 82′), Samuel Essende

Suplentes não utilizados: Francesco Ruberto, Hugo Oliveira, Rafael Bustamante, João Escoval

Treinador: Pablo Villar

FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Pepe, David Carmo (Fábio Cardoso, 77′), Jorge Sánchez, Alan Varela (Nico González, 85′), Stephen Eustáquio, Francisco Conceição (André Franco, 77′), Pepê, Taremi (Gonçalo Borges, 85′), Evanilson (Toni Martínez, 77′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Grujic, Danny Loader, João Mendes

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Taremi (gp, 22′), Stephen Eustáquio (44′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a David Carmo (57′), a Pedro Ortiz (64′), a Matheus Pereira (66′), a Francisco Conceição (72′), a Taremi (81′), a Alberto Soro (82′), a Gonçalo Borges (90′)

“As pessoas normalmente associam as grandes exibições a uma diferença de golos relativamente ao adversário, mas os treinadores vêem coisas diferentes. Já ganhámos pela margem mínima com exibições acima da média e já ganhámos com diferenças maiores não estando tão bem no jogo. Essa grande exibição terá a ver com os diferentes momentos do jogo, com o facto de estarmos sólidos e consistentes. Depois é natural ganhar, pela evolução da equipa e pelo coletivo ser mais forte, além da nota artística que tem de dar golo e não pode dar para jogar para trás ou algo do género. A minha visão é mais nesse sentido”, atirou Sérgio Conceição na antevisão da deslocação a Vizela.

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O treinador do FC Porto não podia contar com seis jogadores, todos lesionados — Marcano, Gabriel Veron, Iván Jaime, Zaidu e ainda Wendell e Galeno, ambos titulares contra o Antuérpia e ambos baixas para o jogo deste domingo. Neste contexto, Conceição dava as primeiras titularidades da temporada a Jorge Sánchez e Francisco Conceição, deixando André Franco no banco e apostando também em Evanilson, que fez um hat-trick na Liga dos Campeões e regressava o onze inicial. Do outro lado, Pablo Villar tinha Matías Lacava e Samuel Essende no setor mais adiantado.

Os instantes iniciais trouxeram desde logo uma surpresa, com Jorge Sánchez a surgir na direita da defesa e João Mário a ocupar o lado esquerdo. Francisco Conceição foi o primeiro a criar perigo, com um remate cruzado que saiu ao lado (10′), e depressa se percebeu que o avançado português seria o desequilibrador à solta no ataque do FC Porto. O jovem emprestado pelo Ajax tinha toda a liberdade para largar a ala direita e realizar diagonais para criar o pânico no corredor central, assumindo-se como um dos principais elementos da equipa de Sérgio Conceição na primeira parte.

O primeiro golo do jogo surgiu ainda dentro da meia-hora inicial, com Evanilson a ser travado em falta por Bruno Wilson no interior da grande área do Vizela: na conversão da grande penalidade, Taremi não falhou e abriu o marcador (22′). Francisco Conceição poderia ter aumentado a vantagem logo depois, com mais uma incursão da direita para dentro que acabou com um remate rasteiro ao poste (29′), mas a verdade é que o FC Porto baixou as linhas e quebrou a intensidade depois do penálti de Taremi e o Vizela aproveitou para crescer no jogo.

A equipa de Pablo Villar ficou perto do empate em duas ocasiões, com Nuno Moreira a acertar no poste (33′) e depois a cabecear ao lado (40′), mas os dragões tiveram o discernimento para voltar a dominar as ocorrências na ponta final da primeira parte. Evanilson ameaçou o golo, com Buntic a defender um remate do avançado brasileiro (42′), mas acabou por ser Stephen Eustáquio a aumentar a vantagem com um grande pontapé de pé esquerdo ainda de fora de área (44′).

Ao intervalo, sem estar a realizar uma exibição brilhante, o FC Porto estava a vencer o Vizela com relativa facilidade e tranquilidade e parecia totalmente encaminhado para a conquista dos três pontos. Ainda assim, e tal como tinha ficado notório na primeira parte, a equipa da casa tinha a capacidade de criar perigo junto da baliza de Diogo Costa e podia criar alguma incerteza no marcador com recurso a uma maior eficácia.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Vizela-FC Porto:]

Pablo Villar decidiu mexer logo ao intervalo e trocou Busnić por Pedro Ortiz, claramente à procura de uma saída mais positiva com bola pelo corredor central. O Vizela voltou melhor para a segunda parte, subindo as linhas e ocupando terrenos mais adiantados, e o FC Porto ia procurando controlar o jogo com posse de bola e sem grandes riscos — uma dinâmica que culminou em 20 minutos praticamente sem oportunidades, sem lances de perigo e sem grande interesse.

O marasmo foi quebrado por um enorme erro de David Carmo, que ofereceu a bola a Samu à entrada da grande área dos dragões e permitiu uma enorme ocasião de golo ao Vizela: o avançado, porém, atirou muito por cima quando só tinha Diogo Costa pela frente (63′). Pepe respondeu do outro lado, com um cabeceamento após um canto que Buntic conseguiu parar (68′), e Sérgio Conceição decidiu mexer pela primeira vez já dentro dos últimos 20 minutos da partida ao lançar Toni Martínez e André Franco — optando ainda por trocar David Carmo por Fábio Cardoso depois de o central protestar de forma inexplicável quando já tinha um cartão amarelo.

Nico González e Gonçalo Borges ainda entraram até ao fim, com o avançado português a ter o habitual impacto positivo na equipa, mas já pouco mudou. O FC Porto venceu o Vizela e carimbou a quarta vitória consecutiva, igualando o Benfica e pressionando desde já o Sporting, que precisa de ganhar ao Boavista no Bessa para segurar a liderança da Liga. Numa noite a preto e branco, em que a exibição dos dragões esteve mais perto da primeira parte contra o Antuérpia do que da segunda, Francisco Conceição foi o principal inconformado e o verdadeiro apontamento de cor da equipa de Sérgio Conceição.

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