Portimonense, Vilar de Perdizes, Antuérpia e Vizela. Pela primeira vez esta temporada, o FC Porto somou quatro vitórias consecutivas e conseguiu um mês praticamente perfeito em três competições distintas, aproveitando para igualar o Benfica no Campeonato e pressionando o Sporting, que só joga esta segunda-feira no Bessa.

Francisco, a verdadeira cor de uma noite a preto e branco (a crónica do Vizela-FC Porto)

Os dragões mantiveram a invencibilidade contra o Vizela, somando agora oito vitórias e um único empate, sendo que não sofrem golos dos vizelenses há quatro jogos consecutivos. Na verdade, desde maio e do final da época passada que o FC Porto não conseguia estar duas jornadas seguidas sem conceder qualquer golo, algo que alcançou agora entre Portimonense e Vizela.

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Francisco Conceição foi titular pela primeira vez esta temporada, face à lesão de Galeno e sendo escolhido em detrimento de André Franco, e acabou por ser eleito o melhor jogador em campo. “Estamos todos muito felizes, porque é uma vitória num campo extremamente difícil. Entrámos muito bem, a fazer o que o mister pediu, que era entrar forte para tentar fazer golo o mais cedo possível. Acho que estive bem, como toda a equipa. Fizemos um excelente trabalho desde o início. A vitória é do trabalho e da entreajuda entre todos”, explicou o avançado português, que também recordou que já conhecia Jorge Sánchez da época passada no Ajax, sendo que o lateral mexicano também se estreou a titular pelo FC Porto este domingo.

Na zona de entrevistas rápidas, Sérgio Conceição defendeu que a equipa teve “uma entrada muito boa”. “Muito positiva. Depois de um jogo de Champions, vir a Vizela, a um campo tradicionalmente difícil… Sabíamos que existiam algumas fragilidades no Vizela, a nível de pontos conquistados, alguma desconfiança. Tínhamos de fazer o que foi preparado para depois sermos eficazes em termos ofensivos. Poderíamos ter feito mais um ou outro golo na primeira parte. Na segunda, por um ou outro erro nosso, houve uma ocasião do Vizela que poderia ter reaberto o jogo. Não fomos tão acutilantes na segunda parte, tão fortes, mas é compreensível pelo decorrer do jogo e pela reação do Vizela. Foi um resultado justo, que se acabasse com mais um outro golo não seria de espantar. Mas foi um jogo sólido da nossa parte”, começou por dizer o treinador, que também comentou o facto de Francisco Conceição e Jorge Sánchez terem partilhado o corredor direito.

“O facto de já se conhecerem também me passou pela cabeça, mas não foi decisivo. Foi a preparação do jogo. O Pepê é um jogador que explora muito o espaço por dentro, o João Mário é um jogador que gosta da largura e do outro lado precisava de alguém que também desse essa largura. Sei que o Jorge é um jogador que percebe essa necessidade de jogar por dentro, que é inteligente e que está habituado a este tipo de situações, até por esse conhecimento que tinham entre si desde o ano passado. Foi o Francisco, mas poderia ter sido o [Gonçalo] Borges… O [André] Franco já é um jogador diferente, daí ter optado por um jogador mais ala do que ele. Não saiu por ter jogado menos bem, foi uma opção de estratégia e na sexta-feira [contra o Estoril] já será outra e outros jogadores estarão em equação”, acrescentou.

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Sérgio Conceição foi ainda questionado sobre o facto de o jogo contra o Vizela ter assinalado a vitória 1.000 de Jorge Nuno Pinto da Costa no Campeonato — e ao longo de 1.398 partidas, desde maio de 1982. “Essas vitórias foram culminadas com títulos, muitas vezes, e isso é o mais importante. Não falei com ele, mas tenho a certeza de que já está a pensar na vitória 1.001 já contra o Estoril. Agora é preparar o jogo para dar continuidade a essas vitórias e para que em maio se possa concluir com o título mais desejado, que é a reconquista do título”, atirou o treinador.

Por fim, comentou o facto de a equipa estar a subir de rendimento com recurso à integração dos reforços que chegaram no verão. “Temos alguns jogadores novos numa zona muito importante, que é o setor intermédio. É preciso trabalhar. Não conheço outra forma de evoluir os jogadores, só com muita concentração, muito foco, muita dedicação no trabalho diário, para eles crescerem e a equipa crescer também. Seremos mais fortes se cada um crescer dessa forma. A equipa ganha uma estabilidade completamente diferente com esse trabalho”, terminou.