De acordo com a Associação Europeia dos Construtores de Automóveis (ACEA), de Janeiro a Outubro, foram transaccionados 10.722.930 veículos na Europa alargada (incluindo a EFTA e o Reino Unido), o que representa uma subida de 16,7% face ao período homólogo do ano anterior.
Quem mais cresceu a um ritmo superior ao mercado foi a Bélgica, que vendeu nos primeiros 10 meses de 2023 mais 32,5% do que ano transacto, com Portugal a surgir na 2.ª posição (31,7%), à frente da Croácia (31,3%), Chipre (28,9%), Grécia (27,6%) e Países Baixos (25,2%). A liderar na queda das vendas, ou a crescer mais lentamente do que o mercado europeu alargado, está a Noruega, com -9,4%, seguida pela Hungria (-2,8%), Eslovénia (+5,1%), Lituânia (+5,8%), Islândia (6,4%) e Estónia (+7,4%).
A liderança dos maiores mercados europeus continua nas mãos dos alemães, que adquiriram 2.357.025 veículos até Outubro, mais 13,5% do que em 2022, seguidos pelos britânicos (1.605.437, mais 19,6%), franceses (1.441.007, mais 16,5%), italianos (1.315.033, mais 20,4%) e espanhóis (789.272, mais 18,5%).
Em matéria de combustíveis, em Outubro, a procura por veículos menos poluentes continuou a aumentar, representando já 51,2% se somarmos os híbridos (HEV) aos híbridos plug-in (PHEV) e aos 100% eléctricos (BEV). Considerando exclusivamente os modelos equipados com baterias recarregáveis (BEV+PHEV), a percentagem total atingiu 22,6%. Os veículos com motores a gasolina continuam a vender mais, chamando a si 33,4% das vendas, seguidos pelos HEV (28,6%), com os BEV a surgirem na 3.ª posição, com 14,2% de share, deixando para trás os diesel (12%) e os PHEV (8,4%), restando ainda 3,4% dispersos por combustíveis como GPL e gás natural.
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Portugal, onde foram transaccionados 167.219 veículos nos primeiros 10 meses do ano, possui um mix de combustíveis ligeiramente distinto da média europeia, com menos HEV, mas mais BEV, mais PHEV e mais modelos a a gasolina e a gasóleo. Os diesel atingiram 14,2% dos veículos vendidos, enquanto os modelos a gasolina conquistaram 37,5% das escolhas. Os HEV caem para 14,9%, o que permitiu aos PHEV subirem para 13% e os BEV para 17% do mercado. Em termos de vendas de veículos puramente eléctricos, o nosso país transaccionou 28.372 unidades, francamente abaixo de países como a Noruega (87.188) e Dinamarca (45.653), cuja população é metade da portuguesa e igualmente atrás da Áustria (39.272), Bélgica (77.324), Suíça (40.740) e Suécia (90.622), com números de habitantes similares.
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O ranking dos construtores que mais vendem foi liderado pela Volkswagen, que colocou no mercado 1.128.251 unidades nos primeiros 10 meses de 2023, registando um incremento de 15,8%, seguida pela Toyota (692.702, +9,4%), Audi (615.232, +24,7%), BMW (586.526, +12,9%) e Skoda (562.576, +26,2%), com o resto do top 10 a pertencer à Renault (561.012, +20,9%), Mercedes (555.712, +8,5%), Peugeot (555.343, +5,9%) e a Kia (494.207, +5,5%), com a Dacia na 10.ª posição (464.902, +21,2%).
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A completar o top 20 estão a Hyundai (446.336, +2,5%), Ford (443,979, +3,4%), Opel (392.276, +8,2%), com a Fiat (326.982, -1%) e a Citroën (319.738, -0,5%) a serem os únicos fabricantes que viram as vendas cair até Outubro. No outro prato da balança está a Tesla, na 16.ª posição com 291.012 unidades e um crescimento de 100%, de longe o maior entre os que mais vendem e que lhe permite ambicionar uma posição no top 10 no próximo ano. A seguir a este fabricante que só vende modelos a bateria vem a Nissan (241.337, +25,4%) e depois a Volvo (230.062, +22,6%), a Seat (207.747, +19,8%) e a Cupra (163.803, +44,5%).