Duas apoiantes do coletivo Climáximo pintaram de vermelho as escadarias do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), financiado pela EDP. As jovens, que foram detidas pelas autoridades, pretendiam denunciar o que dizem ser a centralidade da empresa na economia fóssil portuguesa, o seu papel no custo de vida e o que descrevem como uma falsa imagem de empresa “verde”.

“Viemos este domingo ao MAAT para denunciar a guerra da EDP contra a sociedade e o planeta“, referem num comunicado enviado pelo Climáximo e publicado no canal de Telegram do coletivo. As jovens acusam a empresa de ser “diretamente culpada pelas mortes e destruição que advêm da crise climática”.

Ao mesmo tempo que nos condena a catástrofes a curto e longo prazo, a empresa utiliza expedientes como a Fundação EDP, proprietária do MAAT, para lavar a sua imagem.”

A EDP “está conscientemente a quebrar os limites colocados pela ciência climática, que corresponde à quebra dos nossos direitos humanos mais fundamentais”, sublinhou Ana Maria, porta-voz da ação. “Eles estão ativamente a lucrar com a crise climática e o custo de vida, enquanto lavam a sua imagem com instituições como a fundação EDP, ou metas de descarbonização a décadas de distância. Sabemos que as crises que causaram estão presentes atualmente e agora na vida das pessoas, por isso não podemos consentir com a sua normalidade”, defendeu.

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Climáximo. Manifestantes pintam fachada de hotel durante sessão do grupo Eurogas

Ao longo dos últimos meses, o Climáximo tem realizado múltiplas ações de protesto em Lisboa, incluindo bloqueios de estrada em várias ruas da capital. Esta semana, membros do coletivo já tinham pintado de vermelho a fachada do hotel Marriott durante sessão do grupo Eurogas sobre gases renováveis.