Uma vez que foi quase, outra vez que foi quase, uma terceira que foi mesmo de vez. Após duas tentativas em que ficou muito próximo de alcançar uma final na primeira participação de sempre num Europeu absoluto de Piscina Curta, e mesmo estando ainda a recuperar de uma intoxicação alimentar que condicionou os últimos dias de preparação antes da chegada à cidade romena de Otopeni, Diogo Ribeiro conseguiu este sábado uma presença na prova decisiva nos 100 metros livres, chegando assim à decisão no sexto e último dia.

Um esforço que merecia mais: Diogo Ribeiro bate recorde nacional mas fica em 9.º nos 100 metros mariposa dos Europeus de piscina curta

No início da competição, o jovem nadador de 19 anos chegou às meias-finais dos 100 metros mariposa, bateu o recorde nacional da distância em Piscina Curta que pertencia a Fernando Silva há mais de um ano com os 51,20 feitos no Meeting Internacional do Algarve mas ficou a dez décimas do apuramento para a corrida decisiva com o 51,01 conseguidos. Depois, o filme repetiu nos 50 metros mariposa: nona posição das meias-finais a três centésimas do último qualificado para a decisão e novo recorde nacional com 22,71, melhorando os 22,95 alcançados nas eliminatórias. Nos 100 metros livres, sem recorde, chegou a final.

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Após conseguir o décimo melhor registo nas eliminatórias com 47,17 (Miguel Nascimento também chegou às meias-finais com o 17.º tempo, 48,28), o atleta do Benfica foi quinto na segunda meia-final com 46,95 e ficou com a oitava e última vaga de acesso à decisão, naquele que foi o segundo melhor tempo em termos absolutos apenas atrás dos 46,65 feitos em Leiria no ano passado. Qualquer que fosse o resultado, sobretudo por não estar tão habituado a fazer provas em Piscina Curta, um “objetivo” estava alcançado. E não ficou por aí: Diogo Ribeiro bateu de novo um recorde nacional com 46,61, terminando na sétima posição.

O francês Maxime Grousset ganhou a medalha de ouro com o tempo de 45,46, batendo o italiano Alessandro Miressi (45,51) e o romeno David Popovici (46,05), atleta da casa que acabou por ter uma prestação abaixo do que era esperado depois dos resultados internacionais alcançados desde o ano passado. Seguiram-se na final dos 100 metros livres Matthew Richards (Grã-Bretanha, 46,07), Nandor Nemeth (Hungria, 46,08), Leonardo Deplano (Itália, 46,36), Diogo Ribeiro e Jacob Whittle (Grã-Bretanha, 46,77).

Antes, Francisca Martins tinha sido o grande destaque da comitiva nacional neste sexto e último dia de Europeus de Piscina Curta, terminando a final dos 400 metros livres na quinta posição com o registo de 4.04,57, batendo o recorde nacional que pertencia a Diana Durães desde 2017 (4.04,61). A italiana Simona Quadarella confirmou o favoritismo e venceu com 3.59,50, seguida da francesa Anatasiia Kirpichnikova (3.59,56), da belga Valentine Dumont (4.00,84) e da dinamarquesa Helena Rosendahl (4.02,97).

Portugal termina assim estes Europeus de Piscina Curta em Otopeni com cinco finais alcançadas, com os quintos lugares de Francisca Martins nos 400 metros livres, de Camila Rebelo nos 200 metros costas e da estafeta masculina de 4×50 estilos com João Costa, Gabriel Lopes, Diogo Ribeiro e Miguel Nascimento (que também estabeleceu uma nova marca nacional, de 1.33,82) e as sétimas posições de Camila Rebelo nos 100 metros costas e de Diogo Ribeiro nos 100 metros livres. A Seleção atingiu ainda 15 meias-finais em 2023.

O “rebuçado” trouxe o terceiro recorde nacional em 35 horas: Camila Rebelo acaba em 5.º nos 200 costas dos Europeus de Piscina Curta