Bubacar Turé obteve 69% de votos dos 75 delegados que se juntaram em Bissau, durante dois dias para o quinto congresso ordinário da Liga, contra 31% do seu adversário, o também jurista Vitorino Indeque.

Nas suas declarações após a proclamação dos resultados, Turé, jurista formado pela Faculdade de Direito de Bissau, considerou a sua vitória como justa, mas que lhe dá “responsabilidades acrescidas”.

“Eu não sei fazer nada na minha vida que não seja proteger os Direitos Humanos. É o que tenho feito muito antes de sair da Faculdade. Conto com o vosso apoio e colaboração para a afirmação dos Direitos Humanos, democracia e Estado de direito” na Guiné-Bissau, afirmou.

Bubacar Turé defendeu ainda que a Liga “não é uma organização qualquer” tanto para a sociedade guineense como para a comunidade internacional que a vê, disse, como “elemento fundamental na afirmação do Estado de direito democrático”.

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“Seremos implacáveis no combate às violações dos Direitos Humanos. Não podemos continuar a falar dos Direitos Humanos num contexto de ditadura e de absolutismo”, observou o novo presidente da organização fundada em 1991, aquando da abertura da Guiné-Bissau ao pluralismo democrático.

Entre vários objetivos fixados para um período de quatro anos, Bubacar Turé apontou como urgente a capacitação das forças de defesa e segurança, “no domínio de utilização da força”, em momentos em que os cidadãos exercem os seus direitos.

O novo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos também anunciou que vai trabalhar com diferentes estruturas do Estado, nomeadamente Governo, Presidência da República e o parlamento para a operacionalização da estratégia nacional dos Direitos Humanos, aprovada, mas ainda por implementar.

Vice-presidente de Augusto Mário da Silva até substituí-lo no passado mês de agosto como presidente interino da Liga quando este deixou a liderança da organização, Bubacar Turé anunciou que vai indigitar uma mulher como número dois da nova direção.