Jurgen Klopp espicaçou os adeptos do Liverpool após a vitória por 5-1 contra o West Ham para Taça da Liga. Anfield “não está em forma”. O treinador não ficou agradado com o ambiente do estádio. “Se eu estivesse nas bancadas estaria de pé com 1000% de certeza”, disse o alemão. “Precisamos de Anfield este sábado”. O Arsenal podia então esperar um ambiente fervoroso na visita ao Liverpool e não era para menos.

Arsenal e Liverpool eram, à entrada para a jornada 18 da Premier League, os líderes do campeonato. Separado por apenas um ponto no topo da classificação, os gunners partiam em vantagem e com mais possibilidade de jogar com a expectativa.

“Espero que seja uma atmosfera especial. As duas equipas estão num ótimo momento e em boa posição muito boa. Ambas as equipas, tenho certeza, preferem vencer, vai ser um jogo intenso”, perspetivava o treinador do Arsenal, Mikel Arteta. Por sua vez, Klopp desvalorizou a importância do encontro para as contas finais do título. “Estamos na 18ª jornada. Faltam 20 jogos para o final. Não somos campeões se vencermos. Eles não são campeões se vencerem. É apenas um jogo de futebol super importante. Não poderia importar-me menos [com o impacto no título]. Só pensei neste jogo, não no resto da temporada”.

Diogo Jota, Mac Allister e Andy Roberton não puderam ir a jogo devido a lesão do lado dos reds. No Arsenal, Fábio Vieira, em conjunto com Thomas Partey, Jurrien Timber e Takehiro Tomiyasu, também não marcou presença no encontro por causa de problemas físicos, entregando a representação lusa a Cédric Soares que ficou no banco de suplentes.

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Ao contrário do jogo que o Liverpool tinha encontrado na jornada anterior da Premier League contra o Manchester United (0-0), desta vez, não houve apenas uma equipa a querer atacar. O Arsenal colocou-se em vantagem logo no arranque. Gabriel Magalhães (4′) correspondeu, ao primeiro poste, a um livre lateral. Nada mudou na predisposição das duas equipas para atacarem. O Arsenal apresentou-se apenas com dois médios, Declan Rice e Martin Odegaard, que se incorporaram várias vezes no ataque, empurrando o trio de centrocampistas do Liveprool – Endo, Curtis Jones e Szoboszlai – para longe da zona de criação.

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Por via de ligações diretas com o ataque, os reds equilibraram. Salah rematou à malha lateral mesmo antes de marcar o golo do empate. O suposto lateral-direito do Liverpool, Alexander-Arnold, deslocou-se para o centro da defesa na primeira fase de construção e levou Martinelli a desligar da marcação. Uma bola longa de Alexander-Arnold para Salah deixou o egípcio numa situação clara de um para um com Zinchenko. O extremo (28′) não deu hipóteses frente ao defesa ucraniano do Arsenal e bateu o guarda-redes David Raya. Em cima do intervalo, Martinelli usou o caos que Saka causou na defesa do Liverpool para criar uma chance de voltar a dar a vantagem aos gunners.

Ibrahima Konaté ia pondo fim a todas as iniciativas de transição rápida do Arsenal, mantendo a segurança numa defesa que perdeu Tsimikas no final da primeira parte e foi recomposta com Joe Gómez. O Liverpool ganhou ascendente e, no espaço de um minuto, enviou duas bolas aos ferros. Primeiro, Harvey Elliott acertou no poste e, depois, Alexander-Arnold, num contra-ataque em que os reds tinham superioridade numérica de cinco para um, atirou à barra.

Sem conseguir materializar o domínio, nem mesmo com Darwin Núñez em campo, o Liverpool perdeu a oportunidade de subir à liderança da Premier League, mantendo-se em segundo. Os reds ainda pediram com insistência o cartão vermelho para Saka, de modo a ganharem um novo fôlego para os minutos finais, mas o empate (1-1) persistiu. O Arsenal continua no topo do campeonato agora com 40 pontos, mais um do que o Liverpool e o Aston Villa.