A monarca que não estava destinada a sê-lo subiu ao trono aos 31 anos, depois da morte do pai, Frederik IX, em 1972. Mais de 500 anos e uma mudança das leis da sucessão depois, à falta de um herdeiro varão, Margarida instalou-se com todas as marcas que pautariam o seu reinado — o mais longo na Europa depois do vazio deixado por Isabel II, até então campeã dessa longevidade — e conquistou os seus.

Margarida II, rainha da Dinamarca, vai abdicar do trono

Desafiou convenções, liderou com a característica boa disposição e proximidade com o povo, e abraçou em pleno os seus gostos e hobbies: a pintura, a tradução, a ilustração de livros como a edição dinamarquesa de O Senhor dos Anéis; o desenha de figurinos, como o guarda-roupa para uma produção Netflix baseada num romance de Karen Blixen, Ehrengard, que se estreou em 2023. Também não estranhe se a vir numa receção de Estado com um look mais ou menos peculiar. Fã de cores vibrantes, e projetos inesperados, costuma usar criações próprias, incluindo aquela a que chama de gabardina “feliz”, feita com toalhas de mesa.

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Dos momentos mais solenes ao contexto doméstico, como as descontraídas férias em família passadas no sul de França, para a história passam dezenas de imagens que chegam da Escandinávia e de outras paragens.

Margarida II da Dinamarca: a única rainha do mundo e o atual reinado mais longo

Na fotogaleria em cima, revemos o trajeto da monarca que abdica agora a favor do filho mais filho, Frederik, o senhor que se segue no reino da Dinamarca.