Os trabalhadores da TSF iniciaram às 00h00 desta quarta-feira uma greve de 24 horas, no âmbito da paralisação no Global Media Group (GMG) em contestação pela intenção de despedir até 200 profissionais e pela defesa do jornalismo. “Os trabalhadores da TSF cumprem esta quarta-feira 24 horas de greve”, anunciou esta rádio numa mensagem à hora certa, seguida da música “Canção sem final” de A Garota Não.

Além dos trabalhadores do grupo de media que detém órgãos de informação como Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo e TSF, a greve abrange também “todos os jornalistas, independentemente do órgão de comunicação social para o qual prestem serviço” entre as 14h00 e as 15h00 do dia 10 de janeiro, “para que possam expressar a sua solidariedade” para com os trabalhadores do GMG e também “alertar o poder político e a sociedade civil para a situação do setor”.

O SJ, em nome dos trabalhadores do GMG, justificou a greve — entre as 00h00 e as 24h00 de hoje — com o “reiterado incumprimento” por parte da administração do grupo.

Na fundamentação da greve, o SJ realçou que “a comissão executiva do GMG incumpre, de forma reiterada, os mais elementares deveres e obrigações legais para com os seus trabalhadores e prestadores de serviços” e “tem colocado em causa o nome dos títulos que detém, prejudicando a própria empresa”.

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A greve ocorre no mesmo dia em que termina o prazo de adesão às rescisões voluntárias na Global Media.

Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

O presidente da Global Media disse esta terça-feira que teve uma reunião com o fundo na segunda-feira e que teve “promessa” de uma transferência “até ao início da semana que vem” para pagar os salários em atraso, mas adiantou também, no âmbito da comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que se o grupo não conseguir atingir o número que pretende de rescisões, possivelmente será obrigado a efetuar um despedimento coletivo.

Em 21 de setembro, o World Opportunity Fund (WOF) adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas, proprietária direta da Global Media, ficando com 25,628% de participação social e dos direitos de voto na Global Media.